A família de duas meninas, que teriam sido acariciadas na virilha por um homem de 66 anos, contesta a decisão de o acusado ser mantido em liberdade.
O caso aconteceu no bairro Andrino, em Tubarão, na segunda-feira (24). As vítimas são primas de cinco e sete anos. Ambas foram atraídas à casa do idoso, com a promessa de que ele lhes daria doces.
De acordo com a Polícia Militar – PM, a equipe foi acionada para atender, a princípio, um caso de estupro. Segundo boletim, a solicitante do chamado relatou que sua filha e sobrinha teriam sido abusadas pelo vizinho, que ofereceu doces para que as meninas entrassem na sua residência. Após aceitarem as guloseimas, o acusado teria acariciado as genitálias das crianças.
O homem ainda teria confessado o abuso sexual no local, sendo detido. Na delegacia especializada, após analisar o caso, a delegada Jucinês Ferreira, responsável pelo procedimento, diz que não houve estupro. “Entendi que não houve nada de concreto e que se tratou de uma importunação ofensiva ao pudor”, diz a delegada.
Jucinês diz que o acusado irá responder um termo circunstanciado. “Ele afirmou que encostou a mão na virilha da menina. Não era elemento suficiente. Não tinha ato libidinoso. Por isso, não houve prisão. O homem já teve dois AVCs e foi questionada a questão mental dele”, informa a delegada.
Irmã pede justiça
A irmã de uma das meninas pediu que o caso fosse revisto. “Ele confessou o crime e só não foi preso porque não pegaram em flagrante. Como é a justiça! Eu também já passei pela mesma situação que elas passaram. Meu coração está partido”, diz a garota, que não teve a identidade revelada.
A jovem relembra que as meninas estavam brincando na frente de casa, quando sumiram. “Logo em seguida, voltaram assustadas, brancas, tremendo e contaram o que tinha acontecido. O homem fechou toda a casa e a polícia teve que arrombar. Agora vamos esperar para ver se ele vai preso! Entendam a nossa dor”, fala a irmã.
Com informações do Jornal Diário do Sul