A temporada de baleias francas tem maior pico durante os meses de agosto e setembro, mas os animais já começam a aparecer na região. Na Praia do Rosa, em Imbituba, duas baleias fêmeas com os filhotes foram avistadas em horários diferentes.
De acordo com o empresário Rodrigo Litman, da Pousada Vida, Sol e Mar, a mãe e filhote foram vistos por volta das 8h30 e 9h desta sexta-feira. “Avistamos as duas baleias, sendo um filhote, durante a manhã. À tarde, por sua vez, outra dupla foi vista, desta vez a mãe e o filhote albino”, conta.
A temporada iniciou em julho e segue até novembro, sendo os meses de agosto e setembro os de maior incidência de baleias na região. “Ainda está meio devagar, mas elas estão começando a chegar. A expectativa de movimentação no turismo é maior em agosto e setembro, quando muitas baleias francas são avistadas. Neste período, elas brincam, pulam e viram atração”, ressalta.
A bióloga e diretora de pesquisa do projeto Baleia Franca Karina Groch explica que as avistagens estão sendo maiores desde a última semana. “Os filhotes começaram a nascer e já estão aparecendo com as mães. Tivemos avistagens registradas também em Laguna e nas praias da Ribanceira e da Vila, em Imbituba. Elas estão concentradas entre a Praia do Mar Grosso e a Ribanceira”, afirmou a bióloga em entrevista do Diário do Sul.
Quem quiser obter mais informações sobre locais para avistamentos, pode entrar em contato diretamente com o projeto, através do telefone (48) 3255-2922, das 9h às 12h e das 14h às 17h, de terça-feira a domingo. “As pessoas com interesse em se informar mais podem chegar no nosso centro de visitantes, que fica em Itapirubá. Lá, indicamos onde avistar e há ainda a réplica de um filhote de baleia, para as pessoas terem uma ideia do tamanho real”, convida.
A espécie
As baleias francas são cetáceos de grande tamanho, podendo atingir, segundo registros históricos, mais de 17 metros de comprimento nas fêmeas e pouco menos nos machos, muito embora participantes da caça à baleia franca no litoral do Estado de Santa Catarina nas décadas de 1950/60 afirmem categoricamente que animais com mais de 18 metros foram capturados nas imediações de Garopaba e Imbituba. O corpo é negro e arredondado, sem aleta dorsal, e a cabeça ocupa quase um quarto do comprimento total, nela destacando-se a grande curvatura da boca, que abriga, pendentes, cerca de 250 pares de cerdas da barbatana, que são ásperas e na sua maior extensão negro-oliváceas. O ventre apresenta manchas brancas irregulares. As fêmeas trazem mamilas na região inguinal e glândulas mamárias que podem ser bastante espessas, até cerca de 10 cm.