Quatro meses e algumas ofensivas e debates públicos foram suficientes para acalmar os ânimos e o movimento na Rodovia do Amor. Em março, foi levantada a polêmica que rondava a SC-108, em Cocal do Sul. A presença de prostitutas à luz do dia oferecendo serviços causava incômodo a moradores do bairro Jardim das Palmeiras.
“De fato, passamos ali e notamos que diminuiu bastante o número de prostitutas”, confirma o prefeito Ademir Magagnin (PP). “Não está resolvido, mas não temos recebido reclamações da comunidade”, frisa. Cerca de um mês depois da discussão ter chegado à Câmara de Vereadores já se notava um decréscimo no número de mulheres se prostituindo na região.
Na época, o Executivo pediu à Polícia Militar que tornasse mais constantes as rondas no trecho da rodovia. “E funcionou, com a PM passando mais vezes inibiu a ação ali. E a Polícia Civil levou adiante algumas investigações também”, cita. A prefeitura direcionou assistentes sociais para conversar com profissionais do sexo no local, o que também colaborou.
M. é prostituta e deixou o ponto
Na época, a reportagem flagrou diversas mulheres trabalhando às margens da SC-108. O caso de uma delas foi narrado. Ela chegava a faturar R$ 8 mil mensais, parte considerável naquele ponto. M., 21 anos, conta que deixou o ponto por conta de “desavenças com colegas”, mas confirma que, realmente, a procura de clientes diminuiu. “O pessoal ficou meio assustado com aquela mídia toda”, conta.
Prefeito segue querendo câmeras
A ideia de instalar câmeras no trecho continua. “Esperamos em no máximo 60 dias lançar a licitação. Houve outras urgências antes”, justifica o prefeito. Cocal do Sul ganhará mais 15 câmeras para monitoramento das ruas. Quatro serão instaladas no trecho da rodovia no acesso ao município.
Quando da polêmica o prefeito sancionou projeto aprovado pela Câmara e que liberava os ônibus para embarcar e desembarcar passageiros fora das paradas entre 21h e 6h, já que muitas prostitutas faziam uso dos pontos o que ocasionava confusão. “E notamos que as que ainda se prostituem na estrada estão mais discretas e não tem utilizado as paradas”, conclui Magagnin. Mas o tema não é novo em Cocal do Sul. Em 2013 já havia discussões públicas sobre a busca por soluções para o problema.
Com informações de Denis Luciano / Portal Engeplus