Irmãos acompanhavam de carro o transporte da droga. Flagrante foi feito na Serra catarinense.
Os dois empresários presos com cinco toneladas de maconha em Ponte Alta, na Serra, faziam o acompanhamento da carga desde o Mato Grosso do Sul, segundo a Polícia Civil. Eles seguiam em uma caminhonete o caminhão que transportava a droga. O motorista que levava a carga também foi preso.
A defesa dos irmãos Quarti disse que eles não sabiam que o motorista estava transportando maconha. O mesmo advogado também representa o motorista do caminhão e disse que o condutor também não sabia que estava levando drogas, achava que era só milho.
A droga foi apreendida na BR-116 na quinta-feira (6). Os dois empresários são suspeitos de serem proprietários da droga e chefes de quadrilha. Segundo o delegado Pedro Henrique Mendes, eles têm 48 e 50 anos e são suspeitos também de serem os donos de outras duas cargas apreendidas no estado recentemente: uma carga de 4,7 toneladas de maconha apreendida no Litoral Norte em junho e mais de cinco toneladas apreendidas em maio em Garuva, no Norte catarinense.
Investigação
O motivo para essa quantidade de entorpecentes estaria na fronteira com o Paraguai. “Uma facção criminosa dominou essa região de fronteira e ela vem agindo muito forte, distribuindo muita droga para o Brasil. Santa Catarina não é diferente, é um dos destinos dessa droga”, afirmou o delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais – Deic, Pedro Henrique Mendes.
Os agentes da Deic acompanharam por três dias a última das carretas, parada em Ponte Alta na quinta. Ela foi abastecida em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e desceu até o Oeste de Santa Catarina. No meio da viagem, o veículo quebrou e ficou parado em Ponte Alta.
Segundo a polícia, os donos do caminhão, os irmãos Eduardo e Sidnei Quarti acompanhavam a carga dirigindo atrás em uma caminhonete. Eles foram comprar uma peça para consertar a carreta e foram presos. Na mesma hora em que a polícia fez o flagrante na carreta, prendeu o motorista, Eder Carvalho.
“Essa droga seria pulverizada na Grande Florianópolis, nos morros aqui da capital, da Grande Florianópolis também. E serviria para alavancar os criminosos financeiramente”, afirmou o delegado.
Os irmãos Quarti têm uma transportadora em Palhoça, na Grande Florianópolis. A polícia já estava atrás deles desde as últimas duas carretas apreendidas, que não estavam registradas na empresa. A Receita Federal deu a pista cruzando notas fiscais.
Na caminhonete dos irmãos, havia dois recibos com a placa do caminhão parado em maio em Garuva com a segunda maior apreensão da história do estado. No depoimento, os irmãos não falaram nada. O advogado disse que eles não estavam acompanhando a carreta, apenas saíram de Palhoça para ajudar a consertar o caminhão. Mas a polícia apresentou um recibo de pedágio da BR-163, no Mato Grosso do Sul, do mesmo dia.
A Justiça autorizou a Polícia Civil a analisar os seis celulares que foram apreendidos com os três presos. O próximo passo da investigação é tentar descobrir para onde ia o dinheiro da venda das drogas.
Com informações do site G1 SC