Com o objetivo de promover, de forma humanitária, o controle populacional de animais de rua em Braço do Norte, o grupo de voluntários do Projeto Ajude um Animal de Rua lançou uma iniciativa que estimula a doação de R$ 200 para castrar cadelas que vivem nas ruas da cidade.
“Os empresários, profissionais liberais ou pessoas físicas que doarem a castração para cadelas de rua receberão o certificado de Empresa Amiga dos Animais. É possível também doar valor parcial da castração e receber certificado de Empresa Parceira das Ações de Castração”, explicou uma das idealizadoras, Denise Luciano Cesconeto.
A voluntária explica que existem outras medidas que podem contribuir com a causa. “Enfrentamos um grande problema com animais abandonados nas ruas de Braço do Norte. Muitos já tiveram casa, mas, o que ocorre na maioria das vezes é que as cadelas dão cria duas vezes ao ano, as famílias as mantêm, mas abandonam os filhotes, que acabam crescendo e se reproduzindo na rua. Então é importante que haja conscientização para que as cadelas de estimação sejam castradas também. Acredito que, com o tempo, diminuirá os casos de cães abandonados”, destacou.
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O grupo formado por aproximadamente oito pessoas foi fundado em meados do último ano e promove ações para minimizar o sofrimento dos animais abandonados. Além das castrações, faz parte das iniciativas a promoção de feiras de adoção e a divulgação, por meio de rede social, de animais resgatados e que precisam de um lar.
Neste sábado (8), será realizada a 3ª Mini Feira de Adoção de Cães, das 8h30min às 12h, em frente ao Pet Shop Reino Animal, em Braço do Norte. No local, haverá filhotes e adultos. As pessoas que prestigiarem a ação receberão um cupom para concorrer a uma cesta de brindes. O grupo atua também com a arrecadação de doação de cobertores e de rações para colocá-los nas 40 casinhas distribuídas em pontos estratégicos de Braço do Norte.
“São ações que se complementam. Além de promover a castração e a adoção, temos as casinhas. Muitos animais não se permitem ser adotados, pois gostam da liberdade da rua, e a casinha é uma atividade complementar para diminuir o sofrimento deles. Eles as usam também como referência de água e comida, evitando que rasguem lixos na rua. Essas boas ações geram diversas consequências positivas para toda a comunidade”, frisou.
Conforme Denise, apesar da boa vontade, não é possível atuar em todos os casos. Por isso, é essencial o engajamento de todos. “Todo o trabalho realizado até hoje foi por voluntários. É comum haver confusão. Situações de animais que foram atropelados ou estão doentes são expostas aos voluntários, mas o trabalho ocorre de forma espontânea, na medida da disponibilidade do voluntário, que fará o possível para contribuir, mas não existe uma obrigação. Não existe uma ONG ou entidade com recurso para isso. Sendo assim, é importante que cada um contribua como pode. Nós, que fazemos parte do projeto, podemos ser acionados para fazer divulgação de vaquinha ou outras ações para angariar fundos, mas, infelizmente, não conseguimos nos responsabilizar por todos os atendimentos”.
O grupo deu um importante passo ao buscar apoio do poder público, por meio da Administração Municipal, em reuniões realizadas com o prefeito Beto Kuerten Marcelino. “Expomos que a preocupação com esta situação tem que ir além do amor pelos animais, tem que ser tratado como saúde pública. Levamos algumas sugestões para que ele analise o caso e, junto à equipe de algumas secretarias, seja possível viabilizar algumas castrações. Ele se mostrou disposto a contribuir e estudará de que forma isso ocorrerá”, concluiu.
Os interessados em contribuir podem entrar em contato pelo número de telefone (48) 98846-9011 ou pela página do projeto no Facebook.