Em 2014, ela foi candidata ao governo do Estado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Uma candidatura ideológica, para demarcar território, com um discurso contundente de extrema esquerda. Agora, revoltada com os rumos do governo Michel Temer, a odontóloga Marlene Soccas, com atuação profissional e residência fixadas em Criciúma, está em greve de fome.
“Estou me solidarizando com todos os que passam fome, 14 milhões de brasileiros, por estarem desempregados”, afirma. Ela lançou um manifesto via redes sociais no qual cita as reformas da Previdência e Trabalhista como “infames, e que arrastam o trabalhador à escravidão”. Marlene começou a greve de fome à zero hora de ontem e vai assim, sem se alimentar, até o dia 30. “Nada pedirei a nenhum representante das elites, pois para eles o lucro é mais importante que a vida. São falsos e mentirosos”, diz.
A militante recebeu ontem a visita de sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Eles vieram dizer que não apoiavam meu gesto pois disseram que era uma questão de ego, que eu queria aparecer. Agradeci a tentativa deles de me fazer voltar atrás na luta”, conta. Mesmo sem o apoio das lideranças de sindicatos, ela mantém a disposição da greve de fome, que já conta com mais de 24 horas. “Minha decisão não é passional nem emocional, é bem pensada e refletida”, argumenta.
Entre as razões expostas por Marlene para o seu protesto está a atuação dos sindicatos na região. “Eles não estão fazendo a greve. As categorias estão fracas e desorganizadas, falta uma política operária eficiente”, analisa. “Quero é incentivar um impulso à organização das categorias e elencar todos os males que já se abateram e ainda vão se abater sobre os trabalhadores”, conclui.
Uma nova greve geral está marcada por movimentos sindicais e sociais para a próxima sexta-feira (30).
Com informações do Portal Engeplus