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Cirquinho do Revirado representa o estado no Palco Giratório do Sesc

O grupo de Criciúma foi selecionado para percorrer o país com espetáculos de rua e oficinas

Entre os 18 grupos que participam do Palco Giratório 2013, Rede Sesc de Intercâmbio e Difusão de Artes Cênicas, o Cirquinho do Revirado, de Criciúma, é representante catarinense no circuito nacional.  O grupo circula por 16 estados, com os espetáculos de Rua “Júlia” e “Amor por Anexis”, além de uma oficina de pernas de Pau. A turnê começa dia 25 de março na cidade de Dourados (MS) e encerra em 25 de setembro, em Florianópolis. A cada ano, novos grupos teatrais são avaliados para entrar no projeto e são criteriosamente selecionadas para participar e itinerar pelo Brasil afora com seus espetáculos e manifestações artísticas.

A 16ª edição do Palco Giratório, lançada neste mês em São Paulo, leva espetáculos culturais para todas as regiões do Brasil. Serão 732 apresentações artísticas e mais de 1.200 horas de oficinas em 133 diferentes cidades do país; 42 mostras regionais de arte e cultura, denominadas Aldeias, e dez Festivais Palco Giratório, onde o público tem a oportunidade de acompanhar o panorama completo das produções selecionadas, tendo contato com uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas. Ao longo dos anos, o projeto se consolidou no cenário cultural levando uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado de mais de 3 milhões de pessoas.

O Grupo, que se diferencia por ser uma família, viaja com os atores Yonara Marques, Reveraldo Joaquim e Luan Marques Joaquim, filho do casal. Na técnica Adriano Medeiros Marcirio e Antonio Roseng. Para eles, estar no Palco Giratório é a realização de um grande sonho. “Coincidentemente estamos completando 16 anos de grupo, o mesmo tempo de existência desse projeto tão valioso do Sesc, que propicia um crescimento enorme, tanto no quesito representação artística, quanto no próprio desenvolvimento evolutivo do grupo em si”, destaca Yonara.

Contemplado com o Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, “Julia” já foi apresentado em vários festivais, entre eles o Encontro de Teatro de Rua de Angra dos Reis (RJ) e o Festival de Teatro de Pindamonhangaba (SP), ganhando neste ultimo, nove prêmios, entre eles o de melhor espetáculo. Yonara Marques representa a personagem-título, uma mulher que não tem medo de nada, pois não tem mais nada a perder. “As pessoas se divertem, mas também se incomodam, pois enxergam em Júlia e Palheta suas próprias fraquezas, angustias e fracassos”, conta. “O espetáculo reafirma a criticidade como manifestação de cidadania, semeando a discórdia, para que cada um dos seus interlocutores leve para casa a reflexão que rima com diversão, sem que uma exclua a outra”. Já, “Amor por Anexis” traz três atores, com figurinos de época e pernas de pau, que contam a história do velho asqueroso solteirão Isaías, que tenta conquistar a viúva costureira Inês fazendo uso ditados populares e provérbios.

SOBRE O GRUPO:

O grupo nasceu em 1997, quando o casal Yonara Marques e Reveraldo Joaquim, mandaram confeccionar uma pequena lona de circo, um cirquinho, para apresentar teatro de fantoches. O boneco mestre de cerimônias chamava-se Revirado. Em 2001, acontece a montagem das peças Amor por anexins e O Sonho de Natanael. Ambas tiveram repercussão nacional, o que gerou mais responsabilidade e, inevitavelmente, uma evolução na qualidade dos trabalhos da companhia. Hoje o grupo mantém seis peças em seu repertório e, desde a sua origem, vive exclusivamente do teatro.

Colaboração: Antonio Rozeng