Por volta de 3 mil fiéis participaram, na tarde dessa quinta-feira (15), da Solenidade de Corpus Christi celebrada pela Catedral São José. A missa campal presidida pelo bispo diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach, foi concelebrada pelos padres Antônio Júnior, Silvestre Koepp e Marcos Ferreira, com a presença de todas as seis comunidades da paróquia, na Praça do Congresso, em Criciúma.
Na missa, o Bispo fez sua intenção por todas as pessoas doentes e desempregadas e iniciou sua homilia recordando que esta quinta-feira rememora à Quinta-Feira Santa. “Quando foi instituída a Santa Eucaristia, o Corpo e o Sangue do Senhor, para ele estar no meio de nós. Foi um dos últimos gestos de Cristo na vida, antes de assumir a cruz: deixar sua presença maravilhosa que é Ele mesmo, que se dá como alimento e bebida para nós”, disse o epíscopo.
Diante desse grande mistério da Eucaristia, no qual creem todos os católicos, Dom Jacinto ressaltou que a pequenez e a inteligência humana jamais seriam capazes de explicá-lo, sendo acolhido somente pela fé. “Como Deus pode vir no meio de nós, pecadores, falhos e fracos? Mas é por isso mesmo que Ele vem; Ele sabe que nós, por conta nossa, nunca conseguiríamos chegar ao céu, mas somos filhos escolhidos que merecem o céu. Fomos salvos na cruz. Deus tem um amor maravilhoso por todos os seus filhos e filhas. Ele quer estar tão perto de nós, que se dá como alimento. Este alimento é diferente daquele outro que precisamos a toda hora para sustentar nosso corpo físico biológico. Este é para sustentar a nossa vida espiritual. O nosso corpo e a nossa alma precisam deste alimento para que nós não pereçamos no caminho, para continuar a servir a Jesus, para sermos também o pão da solidariedade, da fraternidade. Ele é quem nos ensina e nos dá força para essa vida de doação, de serviço, de entrega como Ele se entrega seu corpo e sangue. Agradecemos a Deus por ser tão generoso e acessível com todos nós”, afirmou Dom Jacinto.
Na celebração eucarística, o Bispo recordou todos os irmãos desabrigados por conta das enchentes dentro e fora do Estado e motivou todos a solidariedade com eles, pois “isso também é se lembrar de Cristo”. Dom Jacinto se alegrou com os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística e destacou o serviço que prestam levando a presença de Cristo aos enfermos em seus lares. Ao falar sobre os tapetes que foram preparados por lideranças da Igreja e membros da comunidade, Dom Jacinto disse que os tapetes representam os caminhos das pessoas que homenageiam a Jesus com o que há de mais bonito, como demonstração de carinho e de fé.
Ao concluir sua homilia, o Bispo recordou a situação enfrentada por todos os brasileiros, diante da avalanche de notícias sobre corrupção e conclamou o povo a não cair na tentação de perder sua esperança de que o país possa melhorar. “É injusto achar que todos os políticos são corruptos e não servem ao povo. Há aqueles que não pensam no bem comum, mas há os que lutam pelo país”, declarou Dom Jacinto, que afirmou sua esperança de que a cultura de corrupção deva se enfraquecer diante do que está acontecendo e pediu a Deus pelos governantes, para que promovam a alegria do povo de Deus.
Na caminhada em que Cristo foi a frente do povo, o epíscopo conclamou a assembleia a recordar suas famílias, comunidades e todos os que se encontram desanimados. A procissão sobre os tapetes, seguindo o costume da Igreja local, percorreu o trajeto até o átrio da Catedral São José, de onde todos receberam a solene bênção com o Santíssimo Sacramento.
Colaboração: Bibiana Pignatel / Comunicação Diocese de Criciúma
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