“A triste história de Eredegalda” conta uma estória em que o pai manifesta intenção de casar com uma de suas filhas, desconstruindo os valores familiares.
A Secretaria Municipal de Educação de Criciúma, decidiu retirar das bibliotecas escolares o livro “Enquanto o sono não vem”, que possui o conto “A triste história de Eredegalda”, estória em que o pai manifesta intenção de casar com uma de suas filhas, desconstruindo os valores familiares. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a obra faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e foi escrita por José Mauro Brant, da Editora Rocco.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Roseli de Lucca, o conto traz abordagem que não condiz com o ensino prestado nas salas de aula das unidades escolares da Administração Municipal. “Os livros não vieram em grandes números. Depende da quantidade de alunos, de um a quatro exemplares, por escola. Não queremos que nossas crianças achem que isso é normal. Buscamos sempre levar o que há de melhor nas estórias para dentro das salas de aula. Queremos que nossas crianças, que estão na fase de alfabetização, se encantem com estórias, que tragam um mundo diferente. Nós, enquanto educadores, acreditamos que isso dá margem para que os abusos sejam considerados normais. Não é isso que queremos”, destaca.
Todas as escolas que receberam os exemplares selecionados e avaliados pelo MEC em 2014 realizam a devolução na sede da Secretaria Municipal de Educação. Após o recolhimento de todos os livros, a Prefeitura de Criciúma enviará os exemplares para o MEC.
Vereador solicita o recolhimento do livro
Através do requerimento 188/17, o vereador Jair Augusto Alexandre, líder de governo na Câmara de Vereadores de Criciúma, solicitou à Administração Municipal informações sobre o recebimento do livro e pediu a devolução dos exemplares ao MEC. A retirada dos livros dos educandários foi aprovada por unanimidade.
Para o vereador, é importante que as crianças tenham acesso a uma educação eficiente e tenham livros de qualidade à disposição. “O que vimos foi um livro que pune uma filha por se negar a atender o pedido de casamento de seu pai, desconstruindo assim, os valores familiares. São crianças das séries iniciais, entre seis e oito anos ouvindo uma estória em que o pai quer cometer incesto, e nosso código penal é contra essa atitude. Antes mesmo de o MEC mandar recolher os livros, os municípios de todo Brasil já estavam recolhendo. Nesta fase, a criança está se conhecendo, formando seus valores, mas um livro como este vai contra todos os princípios morais e cristãos de muitas famílias”, ressalta.
Colaboração: Milena dos Santos – Decom Prefeitura de Criciúma