Quebra é referente a período de 2012 a 2015. Delações da Odebrecht mencionam pedido de dinheiro para campanha do governador.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. A autorização é referente à investigação sobre um suposto pedido de contribuição de R$ 2 milhões em caixa 2 para campanha ao governo do estado, conforme delação de ex-executivos da Odebrecht. As informações são do G1SC
Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador Raimundo Colombo disse que “apoia totalmente a decisão”. “É uma forma de esclarecer todos os fatos”, afirmou o governador.
Conforme o STJ, a quebra do sigilo é válida pelo período de 1º de junho de 2012 a 28 de fevereiro de 2015. Além do governador, o ex-secretário da Fazenda Antônio Gavazzoni e o ex-secretário de Comunicação Ênio Branco terão o sigilo quebrado no mesmo período, informou o STJ. Os executivos Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, da Odebrecht, delatores do suposto repasse, também tiveram quebra de sigilo autorizada. O ministro do STJ Luis Felipe Salomão declarou que a quebra do sigilo telefônico dos investigados é essencial para que se possa “identificar eventual comunicação entre os agentes e a confirmação de sua localização nas datas e períodos apontados”.
Delação do ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Cunha Reis
O ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis afirmou que foi apresentado a Raimundo Colombo, na época senador, em um jantar no apartamento de Ênio Branco, atual diretor da Celesc, em 2010.
Disse que, no mesmo ano, Colombo pediu R$ 2 milhões em contribuição de campanha não contabilizada, em um encontro na sala VIP do Aeroporto de Congonhas.
Nessa ocasião, falou do interesse em fomentar a participação do setor privado na Celesc, nos portos e no setor de saneamento.
O delator informou que Colombo recebeu o codinome Ovo na operacionalização do pagamento por parte da Odebrecht