Sindicato recebeu contraproposta do governo às 17h30min deste domingo, mas disse que não atende às principais reivindicações.
Os servidores públicos municipais de Criciúma iniciam greve nesta segunda-feira (5). Neste domingo, 4, às 17h30min, o sindicato da categoria recebeu mais uma contraproposta da Prefeitura, porém, segundo a presidente do Siserp, Jucélia Vargas de Jesus, não houve nenhuma melhoria com relação aos itens reivindicados e que foram o motivo do Estado de Greve: abono férias, abono Natal para os aposentados, a questão do almoço para todos os funcionários, entre outros.
“Durante a semana continuamos as negociações com a comissão do governo, a qual fez uma ou outra tentativa de melhoria para grupos específicos. A contraproposta entregue neste domingo contemplou, por exemplo, receber as horas extras em folgas e voltou atrás com relação às bolsas de graduação, oferecendo 80%. Mas, naquelas questões que eram as mais relevantes para os servidores, não mudaram em nada”, lamentou Jucélia.
Escolas e unidades de Saúde
A presidente do Siserp ainda lembrou que algumas escolas, do 5º ao 9º ano, ficarão abertas por causa das Olimpíadas de Matemática, que acontecem nesta terça-feira, 6, o que já era um acordo com o sindicato. Entretanto, as aulas, efetivamente, não acontecerão. Durante a semana passada, os professores enviaram bilhetes aos pais comunicando o porquê da greve.
As unidades de Saúde do município também estarão fechadas. Apenas as unidades de Pronto Atendimento 24 Horas, que atendem urgência e emergência, estarão à disposição dos cidadãos, assim como a farmácia que fornece medicamentos como aos que precisam fazer hemodiálise. “Tentamos evitar a greve de todos os jeitos, mas não foi possível”, reforçou Jucélia.
Dias descontados
Quanto ao desconto em folha pela paralisação do dia 28 e os descontos que podem vir a acontecer nos próximos dias, a presidente do sindicato também explicou que o governo não deu boas notícias. “O mesmo acontece com o desconto em folha referente ao repasse para o sindicato. A Prefeitura não quer mais descontar e repassar para o sindicato a mensalidade. O problema é que isso prejudica os lojistas da cidade, que têm convênio com o Siserp”, observou Jucélia.
Ações na Justiça
O governo de Criciúma anunciou, já na semana passada, que, se a greve fosse iniciada, a Prefeitura ingressaria com ações na Justiça.
Segundo o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), serão duas ações judicializando o dissídio: uma validando os direitos oferecidos pelo governo conforme a legislação, e outra para garantir que os servidores que desejam trabalhar não sejam impedidos.
O argumento do governo é que, se concordasse com o que o sindicato está pedindo, haveria um impacto de R$ 35 milhões ao ano aos cofres da Prefeitura, dinheiro que faltaria para as outras áreas.
Com informações do Portal DN Sul