Em torno de mil servidores públicos de Criciúma estiveram reunidos nessa segunda-feira (22), para analisarem uma nova proposta apresentada pela Administração Municipal. Os trabalhadores, que já estavam em estado de greve desde o dia 11, definiram por permanecerem nesta condição ao não concordarem com a nova proposta.
O encontro ocorreu no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma – Siserp e os trabalhadores definiram fazer um dia de paralisação total na próxima segunda-feira, dia 29. Os servidores irão se concentrar no Paço Municipal instalado atualmente no bairro Próspera. Nesta data, apenas os atendimentos dos postos 24 Horas irão funcionar.
“Caso o prefeito não apresente nenhuma proposta até as 17 horas do dia 29, iremos ali mesmo fazer uma assembleia e definir pela greve geral”, antecipa a presidente do sindicato, Jucélia Vargas. Se todos aprovarem a greve, os serviços do município paralisarão 72 depois, ou seja, a partir do dia 1º de junho.
Nova proposta
De acordo com Jucélia, a nova proposta ainda está distante de ser aprovada pela categoria. O sindicato pede um reajuste de 8,3% para todos os servidores, porém, a prefeitura permaneceu oferecendo 7,64% para o magistério e 4,57% aos demais profissionais.
Em relação às bolsas de estudos, que a prefeitura pretendia cortar de 80% para 40% na graduação e de 50% para 25% na pós-graduação, houve uma avanço. A nova proposta mantém os valores atuais de 80% e 50% na graduação e pós-graduação, respectivamente. No entanto, segundo Jucélia, a proposta prevê que as bolsas sejam oferecidas apenas na primeira graduação, condição que o sindicato rejeita. A prefeitura voltou atrás também no corte da licença-maternidade, que reduziria de 180 para 120 dias.
De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Robson Gotuzzo, a pauta é extensa com 61 itens, além dos subitens que somam mais de 130 pontos, alguns deles polêmicos. “Cedemos nas bolsas e na licença-maternidade. No entanto, as bolsas serão destinadas na primeira graduação. Além disso, a bolsa deve ter vínculo com as atribuições dos cargos com o qual o servidor ocupa na prefeitura”, frisa.
O secretário ressalta ainda que o abono férias e o abono Natal, que pretende ser cortado, gera um impacto de R$ 9 milhões no orçamento da prefeitura em quatro anos de governo, valor considerável em um momento de crise que o país e as prefeituras enfrentam. Por este motivo também que a prefeitura concedeu o reajuste dos servidores referente à inflação.
Com informações do Portal Engeplus