Deverá ser concluída nos próximos dias a investigação da morte de Ana Julia Lima Clemente, de 15 anos, ocorrido no fim do mês passado no bairro Santa Luzia, em Criciúma.
De acordo com o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – DPCAMI de Criciúma, Fernando Possamai, serão ouvidos ainda os profissionais que atuaram no socorro e mais alguns vizinhos da adolescente.
Diante dos relatos das testemunhas já ouvidas e da verificação do computador da jovem, acredita-se que a fatalidade teria sido provocada por uma espécie de desafio. Sem o conhecimento dos pais, a adolescente assistia vídeos em que os personagens colocavam sua própria vida em risco para cumprir determinado estímulo.
De acordo com Possamai, a jovem era muito ativa e os vídeos podem ter incentivado a jovem a se desafiar. Havia um projétil na arma e antes do disparo que atingiu a sua cabeça, o gatilho foi acionado outras duas vezes, conforme contou o vizinho, de 14 anos, que estava com a jovem e presenciou a fatalidade. A versão do amigo foi confirmada pela perícia. A participação do adolescente no caso já foi descartada, tendo em vista que nenhum resquício de pólvora foi encontrado nas suas mãos e vestes.
A adolescente sabia onde estava o revólver, pois limpava a casa e a arma ficava escondida em cima de um armário. “Naquele dia ela apresentou a arma ao amigo e na terceira tentativa o projétil a atingiu”, narra o delegado. O padrasto de Ana Julia, que atua como vigilante, é o proprietário do revólver calibre 38. Ele deverá ser indiciado por porte ilegal de arma por não ter o registro.
Além das últimas testemunhas, o delegado também aguarda o exame toxicológico para apurar se Ana Julia estava sob efeito de alguma substância, como álcool, drogas e medicamentos. Possamai acredita que o exame não apresentará nenhuma alteração já que a menina não tinha histórico de uso de nenhuma substância.
Com informações do Portal Engeplus