O conceito é surrado, mas parece que a união fez a força. Depois de intensa mobilização nas últimas semanas, lideranças da região comemoraram, ontem à noite, o cancelamento pelo Ministério dos Transportes do projeto de instalação de uma praça de pedágio em São João do Sul.
“Sim, recebemos a boa notícia. Foi uma grande vitória”, exultou o prefeito de Morro Grande, Valdionir Rocha, presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense – AMESC. A praça será no trecho gaúcho da BR-101, na altura de Torres.
No último dia 24, uma audiência pública foi realizada em São João do Sul, na qual estiveram lideranças de todo o sul debatendo com os representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. O governo trouxe a convicção de que viria a instalação da praça no quilômetro 458 da BR-101 sul, inclusive com um ponto já pré-determinado – conforme a foto acima – para a construção da praça.
“A nossa grande movimentação pesou muito, com nossos deputados federais e estaduais, com os prefeitos, vereadores e a sociedade marcando posição”, avaliou o prefeito Rocha.
Um mês antes da audiência, o assunto já era recorrente nos bastidores políticos, inclusive com a especulação de que o pedágio começaria em R$ 8,60, passaria por R$ 9,70 e poderia se aproximar dos R$ 11 até a implantação efetiva da praça, prevista para o primeiro trimestre de 2018. “Acho que a ANTT entendeu que a nossa realidade é diferente da do Rio Grande do Sul”, lembrou Rocha, citando que a praça ficará mesmo no lado gaúcho da BR-101, não muito longe da divisa com Santa Catarina. O pedido da audiência no Sul do Estado partiu da Associação dos Usuários de Rodovias de Santa Catarina.
Na audiência pública de 24 de março, foi especulada a hipótese de mais três praças de pedágio no trecho da BR-101 entre Palhoça e Passo de Torres, como forma de garantir a conservação futura da rodovia o trecho duplicado faz poucos anos. O risco de uma das praças vir a ser instalada em Criciúma chegou a ser mencionado por um dos técnicos da ANTT. “Foi uma conversa informal, mas de fato eles falaram isso das praças na região no futuro. Mas isso terá que ser bem discutido”, pontuou o presidente da AMESC.
Com informações do Portal Engeplus