Seguindo a mesma linha de outros familiares de reeducandos pelo Estado, mulheres ligadas a detentos do Presídio Regional de Tubarão realizaram, na tarde de ontem, um protesto em frente ao Fórum da Cidade Azul. Com cartazes, o protesto teve início às 15h e entre os pedidos estava menos opressão durante as revistas para visitas.
De acordo com uma das manifestantes, Larissa Zanelato, durante as visitas aos presos algumas situações, como problemas com saúde, alimentação, entre outros, têm sido constatadas. “Eles têm comido carne mal cozida. Além disso, tem situações de tortura. Sabemos que eles erraram, mas foram condenados e já estão pagando pelo que fizeram na Justiça”, fala Larissa.
Outro pedido das familiares é para que haja mais respeito nas revistas. “É desumano o que nos fazem passar. Há uma pessoa que faz este serviço no presídio que precisa ser mais educada. Nós não podemos fazer nenhuma pergunta sobre os presos que já nos ameaçam cortar a carteirinha que autoriza a visita”, desabafa uma familiar que prefere não ser identificada.
Ainda durante o protesto, as familiares informaram que as principais queixas são quanto à revista íntima em parentes e até em crianças, falta de materiais de higiene, entre outros. “Não queremos arruaça, queremos que nossos direitos e os deles sejam garantidos”, fala uma das manifestantes, e informa que o protesto ocorreu no Fórum pois havia o medo de represália caso fosse no presídio.
No Estado, foram registradas também manifestações de familiares de detentos em frente às unidades de Florianópolis e Blumenau, que devem seguir até amanhã. O Deap orientou estado de alerta em todas as cadeias e os gestores deverão informar os fatos aos juízes corregedores e promotores.
Com informações do Jornal Diário do Sul