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Uso do celular prejudica a aprendizagem

Coluna: Educação Uso do celular prejudica a aprendizagem

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O avanço e o uso das tecnologias, que surgem de forma assustadora, têm aumentado a preocupação de pais e educadores pela forma como estão sendo usadas, sem regras e sem limites, podendo causar sérios transtornos à vida do cidadão, mais especificamente das crianças, jovens e adolescentes. De vez em quanto é bom chamar à reflexão pais, professores e alunos sobre o uso indevido do celular na escola ou fora dela, que representa um sério risco à aprendizagem, porém se bem utilizado poderia ser um caminho prazeroso para a busca do conhecimento.

O celular hoje faz parte do cotidiano de qualquer pessoa, independente de idade, sexo, escolaridade. É um objeto de desejo e de consumo de crianças a pessoas idosas, mas seu uso desregrado pode causar sérios danos à saúde tanto física quanto emocional. Não raro deparo-me com mães angustiadas pedindo ajuda na busca de alternativas para corrigir o vício já instalado nos filhos, mas são conscientes de que é uma árdua tarefa diante do mundo encantado que o equipamento oferece. Negar a influência que a “máquina” exerce sobre o ser humano ou imaginar que é possível libertar-se dela, é criar ilusões, pois é um caminho sem volta, no entanto buscam-se “receitas” para minimizar o problema.

É preciso que os pais limitem o uso da tecnologia determinando tempo de uso, impondo normas, vigiando, participando, propondo outras atividades, praticando esporte, pedalando, incentivando a leitura de um bom livro.

Não podemos ir na contramão do progresso, afinal qualquer bem ou produto traz atrás das facilidades e benefícios, as dificuldades e prejuízos. É preciso que se administre de forma inteligente o problema, pois com base em pesquisas divulgadas o uso abusivo do celular afeta o rendimento das crianças, pois é impossível concentrar-se em atividades tão diversificadas ao mesmo tempo, gerando o que educadores chamam de “déficit de atenção”, uma vez que o cérebro não consegue dividir a atenção em mais de um estímulo.

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Nossas escolas, nossos professores e os pais precisam preparar-se para esta nova realidade que se apresenta, mas enquanto computadores, tablets e celulares forem utilizados para jogos, bate-papo, checar e-mails, passatempos, colocam em risco a aprendizagem porque não atendem ao objetivo do atual modelo de ensino. Nossos professores têm pouca experiência com as novas tecnologias pela falta de investimento na sua formação; aos alunos falta maturidade; aos pais pulso firme para estabelecer limites e serem parceiros dos educadores na formação de seus filhos.

Além do fracasso escolar, o uso descontrolado das tecnologias leva ao consumismo, à indisciplina, ao sedentarismo, ao atraso no desenvolvimento da criança, alterações do sono, obesidade, depressão e ansiedade, condutas agressivas, exploração e abusos, mas acima de tudo o risco de contrair câncer, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, pela emissão da radiação dos aparelhos celulares.

É preciso que os pais limitem o uso da tecnologia determinando tempo de uso, impondo normas, vigiando, participando, propondo outras atividades, praticando esporte, pedalando, incentivando a leitura de um bom livro. À escola cabe o compromisso de reavaliar sua prática e conscientizar para o uso adequado, pois é impossível imaginar que na sociedade do conhecimento a tecnologia não chegue à escola!

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