O dia 24 de março vivido há 43 anos dificilmente sairá da memória dos moradores da região. O motivo é a enchente de 1974. As águas do rio Tubarão transbordaram, elevando o nível acima dos 10 metros e deixando um cenário de destruição.
Segundo levantamento, 199 mortes foram registradas e 65 mil pessoas ficaram desabrigadas em 13 municípios do Sul do Estado. No interior de Orleans e Lauro Müller, os prejuízos foram incalculáveis. Pessoas, animais, carros e até casas foram arrastados pela correnteza.
Lavouras foram destruídas, rebanhos dizimados e as estradas e pontes desapareceram. Também se perdeu todo o ramal ferroviário que atendia ambos os municípios. Lauro Müller não havia se recuperado ainda da enchente de 1971 quando voltou a vivenciar o mesmo pesadelo três anos depois.
Conforme pesquisa do historiador e diretor do Arquivo Histórico de Tubarão, Amadio Vettoretti, a grande cheia de 1974 foi provocada por um fenômeno chamado cataclisma. As massas oceânicas foram empurradas para o continente pelo vento Leste, bateu na Serra do Rio do Rastro e não conseguiu se dispersar, ocasionando a forte precipitação pluviométrica.
“Por isto, temos que torcer para que não ocorra vento Leste na região em dias de chuva. Senão, poderemos ser vítimas de outra enchente”, alerta.
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