Educação

Quanto vale uma vida?

Goleiro Bruno

Foto: Divulgação

Em 2010, o mundo acompanhou estarrecido o desenrolar do desaparecimento e posterior assassinato de uma jovem, pelo então goleiro Bruno, o que ocasionou grande revolta no mundo todo pela crueldade e frieza como foi cometido. Levado a julgamento e condenado a vinte e dois anos de prisão, reacendeu na população a esperança de que a justiça estaria cumprindo sua função na defesa e preservação da vida. Porém, nem sempre as coisas seguem o fluxo que deveriam. E a prova evidente dessa afirmação ocorreu com a liberdade do bárbaro assassino, com menos de um terço da pena cumprida, a poucos dias da comemoração do Dia Internacional da Mulher.

É difícil acreditar que a judiciário brasileiro seja tão lento na tomada de decisões e tão arcaico na sua estrutura funcional, que absurdos continuem acontecendo por inoperância dos órgãos responsáveis. Enquanto isso, os bandidos continuam às soltas e vítimas a espera de justiça, a exemplo da família de Eliza Samúdio, que perdeu a vida aos 25 anos, deixando órfão um bebê de seis meses de idade, vítima também do monstro que, além de negar a paternidade, submeteu-o a cárcere privado, sabendo-se lá o que passou. E pior: o que passará quando souber de sua verdadeira história, quando questionar sobre seu pai, sua mãe, suas origens.

Há pouco tempo, na prisão Bruno realizou casamento com direito a convidados, banda e almoço. Na ocasião, em um dos meus comentários, escrevi: “Será esta badalação toda uma forma de nos avisar que talvez mais cedo do que pensamos o bandido estará nas ruas, será contratado novamente , receberá altos salários, e o crime passará para o esquecimento?” E, não é que cantei a pedra certa… Quando menos esperávamos, por sinal na semana do Carnaval, o fato aconteceu, para espanto do mundo inteiro. Ele volta ao convívio social e seguirá sua vida. Mas, e a família da vítima como fica? Quem paga o sofrimento físico e psicológico pelos quais passou? E como fica a cabeça do menino com sete anos de idade no momento que se deparar com o assassino de sua mãe? Um dia a verdade virá à tona…

E como se previa clubes já propõem contratos; enquanto os sensatos se revoltam muitos cretinos o aplaudem; a justiça faz vistas grossas, mas a vida continua…

Diante dos fatos pergunta-se: “qual o valor da vida diante da insensibilidade que se apodera do ser humano por ganância, insanidade, estupidez, poder, dinheiro, e tudo mais?” Uma vida é uma dádiva. Por isso, não tem preço.

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