Sem licitação para tapa-buracos, SC-390 permanecerá com crateras abertas

Encerrou, no início deste mês, o contrato entre o Departamento Estadual de Infraestrutura – Deinfra e a Agência Regional de Desenvolvimento – ADR de Criciúma. Com isso, a ADR não é mais responsável pela realização da operação tapa-buracos e limpeza e roçadas nas rodovias da região.

Quem sofre com isso são usuários da SC-390, principalmente no trecho entre Orleans e Lauro Müller, onde se encontra em péssimo estado de conservação. As chuvas que atingiram a região trouxeram à tona um antigo problema. Sem obras de conservação necessárias, a rodovia está repleta de buracos, causando constantemente prejuízos aos motoristas.

Para agravar a situação, as medidas paliativas foram interrompidas com o encerramento do contrato. “Estávamos fazendo a operação, mas nosso contrato encerrou. Então agora estamos com o processo licitatório, que vai levar mais ou menos 45 dias. Estamos vendo junto com o Estado, junto com o Deinfra, dentro deste prazo, o que podemos fazer para amenizar a situação dos buracos não só da SC-390, mas de outras rodovias também”, afirmou o secretário da ADR de Criciúma, João Fabris.

Queli Ramos, moradora de Orleans, tem utilizado a rodovia todos os dias durante este mês para ir até Lauro Müller. Nessa quarta-feira (8), na volta para casa, por volta das 19 horas, ela não percebeu um buraco assim que um carro passou no sentido oposto. Com isso, perdeu o controle da direção da motocicleta que conduzia e acabou caindo. “Eu estava em baixa velocidade e não causou nada grave, apenas senti dor. Mas espero que eles não deixem algo pior acontecer para então tomar uma atitude. A situação na rodovia está bem complicada em ambos os sentidos, é um descaso”, lamentou.

Fabris se disse estar atento ao problema e que, em reunião com o superintendente Regional Sul do Deinfra, Lourival Pizzolo, buscará uma solução emergencial. “Procuramos fazer tudo o mais rápido possível. Vamos ver a possibilidade com o Deinfra para fazer como no ano passado, em que cedemos os caminhões e os homens e o Governo comprou o asfalto”, adiantou.