Trabalhadores ceramistas, das minas de carvão e metalúrgicos em debates distintos sobre salários.
As três principais categorias que negociam seus dissídios com data base em 1º de janeiro vivem realidades distintas em Criciúma. Enquanto os mineiros já acertaram quanto vão receber, os ceramistas estão debatendo os valores propostos e os metalúrgicos sequer contam com proposta concreta.
“Ficamos satisfeitos. Nesse cenário de crise, foi um bom acordo”, comemorou o presidente do Sindicato dos Mineiros, Djonatan Elias. A categoria acordou com o sindicato patronal um ganho real de 1,42% mais a inflação, chegando a 8%. “Acho que, ao final das contas, fizemos um dos melhores dissídios do Brasil”, valoriza o sindicalista.
Proposta das cerâmicas abaixo da inflação
Entre os ceramistas, a proposta de 3% de reajuste, bastante abaixo da inflação de 6,58%, inflama os trabalhadores, que já falam até em greve. Rodadas de assembleias vão acontecer no próximo dia 16 em Criciúma e Cocal do Sul.
“Não aceitamos nada abaixo da inflação, e queremos ganho real”, reforça o presidente do sindicato, Itaci de Sá.
O líder dos ceramistas cita algumas das razões expostas pelos patrões do segmento na região. “Eles falam que a crise, o momento nacional está difícil. Está ruim, mas não tão complicado como eles dizem”, avalia Sá. Ele vai conferir de perto a ExpoRevestir a partir do dia 7, em São Paulo. “Vou lá para ver de perto se é tão ruim assim essa realidade como eles contam”, acrescenta.
Enquanto isso, os metalúrgicos não receberam qualquer proposta das lideranças patronais, e ainda estão na expectativa de reajuste.
Com informações do Portal Engeplus