O advogado, natural de Gravatal, Janor Lunardi, 58 anos, que está com a prisão preventiva decretada, continua foragido da justiça. Ele atuava em um escritório em Braço do Norte e possui mais de 600 boletins de ocorrências contra si em todo o Estado, sendo que a maioria por golpes aplicados na Amurel.
Na região Carbonífera, há casos também em Içara, na comarca de Urussanga, com inquérito policial instaurado pela Delegacia de Morro da Fumaça e também pela Delegacia de Urussanga, além de Lauro Müller.
A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB das subseções de Braço do Norte, Tubarão e Criciúma estão com representações contra o profissional liberal, que estava com o registro suspenso por três meses. Porém, o prazo expirou e pode retornar à ativa, ou seja, apto para advogar.
De acordo com o presidente da 32° Subseção da OAB de Braço do Norte, Edinei Wigers, o caso está em processo na Seccional Catarinense da OAB. “O prazo da suspensão do registro já venceu, porém, há novas suspensões em tramitação, o que pode levar à cassação final do exercício profissional”, explica.
Segundo a Delegacia de Braço do Norte que acompanha o caso, Janor é acusado pelo crime de apropriação indébita e estelionato.
Os clientes eram pessoas com carros financiados que o procuravam para ações revisionais – objetivo era rever os juros das prestações. As ocorrências afirmam que o advogado não repassou o dinheiro às financeiras de veículos, conforme combinado na ação de revisão de financiamentos bancários. “O caso está parado e o suspeito continua foragido”, informa um investigador.
No dia 1° de julho do ano passado, o escritório onde Janor atendia em Braço do Norte foi invadido e depredado pelos clientes. O golpe soma milhões de reais.
Caso passa por comissão de ética da OAB
A decisão da suspensão preventiva do registro do advogado por 90 dias deu-se no dia 8 de julho do ano passado, durante sessão da Câmara do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB em Santa Catarina.
Neste período, todos os processos disciplinares em nome do advogado teriam que ser julgados. Porém, segundo a Subseção da OAB de Tubarão, os processos continuam em tramitação. “Só de Tubarão há mais de 150 representações contra ele. Contudo, há diversas etapas. Para cada processo é aberto o período de defesa, e até o momento ele não apresentou nenhuma argumentação. O caso continua em análise pela Seccional, para uma provável cassação”, informa um representante do órgão.
Com informações do Portal Notisul