A decisão tomada ontem à tarde, de suspender a oferta de transporte coletivo em Criciúma a partir das 22 horas, foi adotada à revelia da Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes – ASTC. “Já notificamos as empresas e convidamos a Polícia Militar para um novo encontro hoje. Vamos dialogar para que isso não se repita”, reclamou Gustavo Medeiros, presidente da ASTC.
Medeiros conta que recebeu um telefonema ontem, por volta das 17 horas, de um empresário do setor de transporte coletivo comunicando sobre a decisão. “Acontece que com a decisão tomada poucas horas antes da suspensão, não houve como avisar a população, e muita gente ficou nos terminais e paradas esperando os ônibus que não vieram”, lamentou o presidente.
A princípio, a suspensão se estende nos próximos dias, por consequência do ataque da noite de quarta-feira, quando um ônibus foi incendiado no Loteamento Vida Nova. "Os empresários pediram escoltas nos moldes dos anos anteriores. Colocávamos mais de dez viaturas exclusivas para escolta, algo que hoje é complicado, pela carência momentânea de contingente, já que estamos em Operação Veraneio", explicou, à Rádio Eldorado, o tenente coronel Evandro Fraga, comandante da PM em Criciúma.
A autoridade acentua que deu a explicação citada acima em reunião, mas que a decisão efetiva da suspensão do serviço partiu exclusivamente dos empresários. "E isso nos pegou de surpresa", detalhou. "Tanto que fizemos, enquanto havia ônibus nas ruas, acompanhamento por conta própria", concluiu.
O tema volta à pauta na reunião de hoje, às 14 horas, entre ASTC, empresas e PM. A autarquia poderá cobrar escoltas dos policiais para que os horários sejam ao menos parcialmente cumpridos depois das 22 horas.
Com informações do Portal Engeplus