Saúde

Médica denuncia falta de prazo para UTI em Laguna

Foto: Elvis Palma/DS

Foto: Elvis Palma/DS

Com os equipamentos prontos para serem disponibilizados para o atendimento, Laguna aguarda a instalação da Unidade de Terapia Intensiva – UTI no hospital da cidade. Porém, de acordo com a médica Silvia Abreu, não há prazo para o início das atividades e teme-se pela deterioração dos instrumentos.

“Isso porque os equipamentos já chegaram e a direção do hospital diz que não há previsão para início das atividades. Que somente irá iniciar após credenciamento dos leitos pelo Ministério da Saúde. Será que mais uma vez a cidade de Laguna vai montar uma UTI que não vai funcionar e os equipamentos vão estragar enquanto faltam cerca de 150 leitos de UTI no Estado?”, questiona.

Segundo a médica, que presta serviço no hospital de Laguna, os equipamentos estão na unidade desde novembro e servem para equipar uma UTI com dez leitos. “Mas até onde sabemos, como a rede elétrica na ala que vai comportar a UTI é muito antiga, não tem energia para que se possa instalar a unidade”, diz Silvia. 

A ala para receber a unidade está pronta. “Os equipamentos têm validade de um ano. Por isso, pedimos pela agilidade neste processo. É desumano ver pacientes tendo que ser transferidos para outras cidades, sendo que Laguna tem este suporte e não está pronto. Laguna está há 20 anos nessa luta e não podemos deixar estes equipamentos se perderem”, desabafa a médica.

Direção diz que depende de autorização

Através de uma nota de esclarecimento, a direção do hospital de Laguna, em nome da presidente, Regina Ramos dos Santos, informa que os equipamentos comprados para a UTI com recursos do governo do Estado acabaram de chegar, alguns nem foram entregues ainda, sendo que o prazo de garantia varia de um a três anos e eles se encontram devidamente embalados e guardados. 

“Apenas a central de climatização, instalada em 2014 também com recursos do Estado, já perdeu a garantia, porém se encontra em plenas condições de funcionamento, conforme atesta a empresa responsável por sua instalação”, diz a presidente. Ainda na nota, Regina destaca que “setor algum pode ser aberto em um hospital sem a devida autorização dos órgãos competentes. O credenciamento significa autorização para funcionar e, mais importante ainda, garantia de verba mensal para custear o funcionamento do setor, que é muito caro”, diz a presidente. 

Além disso, o credenciamento só poderá ser pedido quando estiver tudo pronto, incluindo a adequação do sistema elétrico da casa. “Não somos irresponsáveis ou aventureiros. Abrir a UTI sem a devida autorização significa correr o risco de termos que fechá-la em seguida”, diz a presidente.

Com informações do Jornal Diário do Sul