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Deixando um pouco de lado as questões que afligem toda a sociedade brasileira, e tomando por base a indisciplina instalada no país, quero agora conversar um pouco sobre o segmento mais importante da sociedade, não só brasileira, mas de toda humanidade: a educação.
A volta às aulas é o momento ideal para se refletir novas posturas frente aos grandes desafios que são impostos aos educadores a cada ano letivo que se inicia. São milhares de crianças, jovens e adultos que buscam nos bancos escolares, na sabedoria dos mestres e no convívio social o seu crescimento pessoal, profissional e intelectual.
A educação brasileira fechou o ano no vermelho, com resultados desastrosos nos exames aos quais nossos estudantes foram submetidos, deixando evidente que nosso sistema educacional está precário e decepcionante tal qual a situação que o país atravessa em todos os sentidos.
Paralelo a essa situação dados de pesquisas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE também apontam o Brasil como sendo o país que mais perde tempo em sala de aula contendo a indisciplina dos alunos. Está faltando competência, conhecimento, criatividade, inovação, fatores determinantes para uma educação de qualidade que poderá garantir aos nossos jovens a inserção num mercado de trabalho altamente exigente.
Acredita-se que cada instituição de ensino tenha encerrado seu ano letivo com avaliações não só dos alunos, mas também de todo processo de ensino e aprendizagem, do trabalho que desempenhou refletindo erros e acertos para agora retornar com ideias aprimoradas, com bagagem de conhecimento que possibilite desafiar novos perfis estudantis, diferentes colegas de trabalho, problemas imprevisíveis, alegrias, ansiedades, indisciplina, desinteresse, irresponsabilidade, reprovação, pouca frequência, abandono, enfim uma diversidade de fatores que impõem competência e sabedoria para administrá-los.
A escola precisa preparar-se para este novo momento com projetos ousados e planos diversificados para ser um lugar prazeroso e eficaz, onde nossos jovens e crianças sintam-se seguros na caminhada para realização dos sonhos que embalam, porque o aluno só valorizará a escola se se sentir atraído por ela, se se sentir protagonista do processo educativo.
Mas, o que torna uma escola atraente, produtiva, marcante não só na vida do estudante, mas na sociedade como um todo? Sem dúvida é aquela que aponta os caminhos para a integração do ser humano com toda sociedade, sua evolução, sua situação, progressos, enfim a vida em todas as suas dimensões. Conforme o educador Celso Antunes “a sala de aula é e sempre será o espaço que expressa continuidade da vida, reflexo do entorno”, por isso é preciso que haja articulação com a comunidade, pois a vida é muito mais exigente além das quatro paredes da escola. A integração com os pais, um projeto político pedagógico consistente, professores comprometidos e motivados, alunos disciplinados refletem muito mais no rendimento escolar do que a infraestrutura do ambiente.
Portanto, é preciso que os professores aprendam a trabalhar com a limitação dos recursos oferecidos usando criatividade, colocando amor no que fazem para ganhar o respeito e cumplicidade do seu público alvo.
