A decisão foi anunciada pela direção da entidade na manhã desta sexta-feira (20), em coletiva à imprensa.
O Hospital Santa Teresinha de Braço do Norte atenderá apenas casos de emergência a partir da próxima semana. A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (20) em coletiva a imprensa, pelo vice-presidente, Pedro Michels, o gerente administrativo, Edvan Della Giustina, o diretor clínico, Dr. José Nazareno Goulart e o diretor técnico, Dr. Paulo Sérgio Machado.
A partir de segunda-feira (23), os atendimentos ambulatoriais (sem risco ao paciente) serão encaminhados diretamente às unidades de saúde ou órgãos responsáveis. "Todas as pessoas serão avaliadas e passarão pela triagem. No entanto, somente casos de emergência serão atendidos. Casos de emergência são aqueles que sofrem risco de morte, ou risco eminente em até seis horas.", explicou o diretor técnico Paulo Sérgio Machado.
O diretor clínico, Dr. José Nazareno Goulart, salientou que a medida é preventiva para evitar o colapso financeiro no hospital e que a entidade se disponibiliza a realizar os serviços ambulatoriais, caso o hospital seja contratado para o mesmo. "A exemplo de outros hospitais que passam por problemas semelhantes, como o de Lauro Müller e Urussanga que fecharam suas maternidades, ou o de Criciúma, que fechou por completo, não podemos comprometer todo o hospital por conta de um único serviço. Dessa forma podemos realizar nosso trabalho com mais qualidade", completou o médico.
O Hospital Santa Terezinha é uma instituição privada e toda sua estrutura mantida, exclusivamente, pelos serviços prestados pela entidade. Cerca de 85% dos atendimentos e internações são através do Sistema Único de Saúde – SUS.
No entanto, segundo a direção, o repasse do governo federal é defasado e não cobre o custo do atendimento oferecido ao paciente.
Pronto Socorro
O pronto socorro do hospital realiza atualmente, em média, 90 atendimentos diários. Deste montante, 80% são ambulatoriais e deveriam ser realizados através da rede básica dos municípios, conforme enfatiza a direção da entidade.
O custo em 2016 da manutenção do Pronto Socorro do hospital era de R$220 mil mensalmente, sendo recebidos cerca de R$106 mil oriundos de repasses municipais e estaduais.
Colaboração: Georgia Accordi – Comunicação