Prefeitura de Criciúma elaborou programação especial para comemorar a data.
“Hoje és uma aurora brilhante, de uma nova e feliz geração”. Os versos do hino refletem no que a maior cidade do Sul do Estado se tornou. Colonizada por imigrantes italianos, Criciúma comemora 137 anos nesta sexta-feira. Os desembarques das primeiras famílias no município serão relembrados a partir das 19 horas, na Catedral São José, no Centro, com uma missa e um bolo festivo.
O local escolhido para celebrar o aniversário de Criciúma foi construído em 1907 e atrai pessoas de todas as idades. De acordo com o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, todos os moradores estão convidados para participar da festa. As comemorações deste ano não contam com alvorada de fogos.
“Nossa cidade cresceu e crescerá ainda mais. Muitas mãos já trabalharam para erguer e consolidar Criciúma no cenário nacional. O momento será histórico e queremos que os criciumenses participem, agradecendo a Deus por mais um ano de vida do município e por todas as conquistas”, comenta o prefeito.
Uma história construída por várias mãos
Criciúma é uma cidade que nasceu e cresceu com muita luta. O início dessa história contou com a participação de inúmeras famílias. Os imigrantes trouxeram para o Brasil bagagens cheias de sonhos e esperanças. Em Criciúma, grande parte dos imigrantes deixaram a Itália, em 1859, em busca de melhores condições de vida. O período foi marcado por crises sociais e econômicas. "No Brasil, a pressão para libertar os escravos também era grande", destaca o historiador Mário Belolli.
Belolli conta que o governo brasileiro estimulou a vinda dos imigrantes para o país, visto que Brasil possuía grandes territórios e oportunidades de emprego. "Em 1876, o então governador de Santa Catarina, observou que havia uma floresta entre Tubarão e Araranguá. Ele contratou o engenheiro Ferreira Vieira, que começou a chamar os primeiros imigrantes", esclarece.
Na região de Criciúma, os primeiros 141 imigrantes chegaram em 1879. Conforme Belolli, pelo menos 80 pessoas eram crianças. "Eles chegaram para trabalhar e ajudar a desenvolver a cidade. Começaram a construir em frente ao Rio Criciúma, onde podiam plantar e criar animais", afirma.
As famílias Barbieri, Benedet, Billezimo, Casagrande, Dario, Darós, De Lucca, Martinello, Meller, Milanese, Milioli, Netto, Ortolan, Pavan, Piazza, Pierini, Pizzetti, Scotti, Sonego, Tomé, Venzon e Zanette, todas oriundas do Norte da Itália (cidade de Vêneto), foram as primeiras a desbravar o território. A cidade recebeu o nome de Cresciuma devido a uma planta local.
Economia centrada no carvão
Em 1892, a colônia passa a ser distrito da cidade de Araranguá. A partir de 1914, o distrito de Criciúma ganha maior visibilidade, por passar a explorar o carvão de pedra, ao mesmo tempo em que são realizadas as obras de implantação da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, contribuindo ainda mais para seu progresso. "Nasceram os filhos e novos casamentos surgiram. Eles criaram seus costumes. A igreja que hoje fica no centro da cidade foi construída em 1895", explica Belolli.
Em 4 de novembro de 1925, por meio da Lei nº 1516, a cidade se desmembrou de Araranguá, sendo instalada no dia 1º de janeiro de 1926.
Conforme informações do Portal Engeplus, hoje o município conta com um comércio forte e estruturado, além de indústrias, agricultura e pecuária. Criciúma se destaca pela extração do carvão mineral e integra a lista de municípios com maior Produto interno Bruto (PIB) per capita e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina e do Brasil, por cidade de médio porte.
A cidade também possui um elemento forte que leva seu nome nacionalmente, o Criciúma Esporte Clube. “Criciúma está entre as cinco maiores cidades de Santa Catarina e tem potencial para atrair mais investidores. Temos capacidade econômica para crescer e vamos lutar para que isso ocorra, abraçando e cuidando bem desta cidade. Todos os criciumenses estão de parabéns pela data”, finaliza Clésio Salvaro.
Colaboração: Comunicação Prefeitura de Criciúma
[soliloquy id=”203752″]