A partir de hoje, diversas famílias do Loteamento Juliana, em Laguna, têm 28 dias para desocupar o local. Casas podem ser demolidas.
Dezenas de famílias correm o risco de ser despejadas em poucos dias das terras nas quais vivem há alguns anos no Loteamento Juliana, em Laguna. Elas têm 28 dias para deixar o local após serem oficiados, o que ocorreu na última-quarta. Com a ordem em mãos, as famílias seguem sem saber para onde ir.
Conforme a operadora de caixa Jéssica Gonçalves, todos os moradores compraram terras legalmente e a causa do despejo causa estranheza. “Minha mãe adquiriu o imóvel de forma legal. Ela e vários moradores ficaram surpresos com o ocorrido. Foi uma situação lamentável quando todos foram avisados. Minha tia perguntou para os responsáveis como ficariam ela e as crianças (filhos dela) caso o despejo ocorresse e demolissem a casa. Só responderam que poderiam procurar a Casa Lar. Isso é um absurdo!”, lamenta Jéssica.
Ontem, diversos moradores manifestaram em frente ao Fórum de Laguna contra a medida. A expectativa é que nos próximos dias alguma medida favorável às famílias possa ir ao encontro dos moradores.
De acordo com Jéssica, a ordem de despejo foi efetuada porque, segundo representantes da prefeitura, as terras foram invadidas pelos moradores. A área, de 20 hectares, pertence à Companhia de Desenvolvimento Industrial de Santa Catarina – Codisc. O espaço está localizado às margens da Rodovia Estadual de acesso a Laguna, na localidade do Mato Alto. Hoje, na diplomação do prefeito, vice-prefeito e vereadores, os manifestantes protestarão em frente ao local do ato solene.
Com informações do Jornal Notisul