O governador Raimundo Colombo, o vice Eduardo Pinho Moreira e o presidente das Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc, Cleverson Seiwert, lançaram nesta segunda-feira (28), no Centro Administrativo, em Florianópolis, o Projeto Bônus Eficiente – Linha Fotovoltaica da Celesc 2016. O objetivo é instalar mil painéis fotovoltaicos para geração de energia solar em residências no Estado. O presidente da Engie, Eduardo Sattamini, também participou do evento.
“Temos um histórico muito bom no setor elétrico e isso faz com que tenhamos um cenário positivo para aumentar, inovar e ser referência para o país. Acho importante entrar nesse mundo de alternativas, de buscar desenvolvimento e de criar mecanismos tecnológicos. A energia solar é de fato o caminho mais importante para se consolidar. Acredito que com parceiros tão importantes, com o que já se faz e o que já foi conquistado, seremos uma referência e faremos uma grande revolução no setor, que é essencial para vida de todos nós”, disse Colombo.
A ação faz parte de mais uma iniciativa do Programa de Eficiência Energética da Celesc – peeCelesc, e vai viabilizar a instalação de sistemas fotovoltaicos de 2,6 kWp em unidades consumidoras residenciais, com desconto de 60% em relação ao preço de mercado. A Engie Geração de Energia Fotovoltaica Ltda, subsidiária da Engie e proprietária da Usina Solar Cidade Azul, em Tubarão, será responsável por instalar o sistema fotovoltaico, monitorar o desempenho e prestar assistência técnica especializada.
O presidente da empresa Engie, Eduardo Satamini, enfatizou que é uma iniciativa inovadora por parte do governo de Santa Catarina. “A energia solar poderá ser um futuro onde cada pessoa poderá ter a sua e com isso transformar completamente a indústria. É uma estratégia do grupo de descentralizar a energia, digitalizar e descarbonizar. Uma energia limpa que não tem impactos no ambiente e será uma vitrine para todos nós. Com certeza, irá alavancar o crescimento dessa fonte de energia no Estado e quem sabe disseminar essa boa prática para outros estados”.
Em condições ideais, os sistemas oferecidos pelo projeto deverão gerar, aproximadamente, 280 kWh/mês por unidade geradora. “O retorno do investimento para o consumidor é de 3 a 4 anos, com a vida útil dos equipamentos de 25 anos”, destaca o coordenador do peeCelesc, Marco Aurelio Gianesini, considerando que o KWh de energia custa, atualmente, R$0,60.
O consumidor que quiser participar da seleção deverá acessar o site que será lançado pela Celesc e preencher seus dados. Os que atenderem aos critérios estabelecidos pela empresa contratada para execução serão selecionados. “Lançado hoje teremos 60 dias para a construção de um site para receber o cadastramento de todos aqueles que querem e a partir de fevereiro nós devemos iniciar a seleção e a instalação de todos os sistemas”, explicou o presidente da Celesc.
O projeto atende proposta do Governo Federal, por meio da Resolução Normativa da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 482/2012, de incentivar o consumidor a gerar energia a partir de fontes renováveis e, inclusive, fornecer o excedente para a rede de distribuição, em processo denominado Geração Distribuída.
A instalação dos mil sistemas fotovoltaicos representa investimento total de R$ 17 milhões, sendo R$ 11,3 milhões provenientes do Programa de Eficiência Energética da Celesc e R$ 6,7 milhões como contrapartida dos clientes que adquirirem o sistema. Ou seja, cada consumidor vai investir R$ 6,68 mil para instalar o sistema que, no mercado, chega a custar R$ 20 mil. Ao participar do Projeto, o consumidor também terá direito a receber cinco lâmpadas led.
Cleverson destacou que sustentabilidade tem sido um tema recorrente dentro da empresa com foco no desenvolvimento social, ambiental e econômico. “Com esse novo programa esperamos levar cada vez mais energia e competitividade para os nossos lares, residência e indústrias e naturalmente fazer uma parceria importante entre o governo do Estado, a Engie e a Celesc”.
Por meio do sistema fotovoltaico oferecido pelo projeto, o consumidor vai gerar energia para seu próprio consumo e o que for excedente, será injetado no sistema elétrico da Celesc e transformado em crédito para o consumidor. Esse crédito poderá ser utilizado, no prazo de até cinco anos, para pagar a energia consumida na residência com o sistema fotovoltaico ou em qualquer outra unidade consumidora de mesma titularidade, desde que conectada ao sistema da Celesc.
Como funciona o sistema?
Um sistema de energia solar fotovoltaico, também chamado de sistema de energia solar ou, ainda, sistema fotovoltaico, é um sistema capaz de gerar energia elétrica através da radiação solar. Os Sistemas Isolados são utilizados em locais remotos ou onde o custo de se conectar a rede elétrica é elevado. São utilizados em casas de campo, refúgios, iluminação, telecomunicações, bombeio de água, etc. Já os Sistemas Conectados à rede, substituem ou complementam a energia elétrica convencional disponível na rede elétrica.
Enquanto um sistema isolado necessita de baterias e controladores de carga, sistemas conectados à rede funcionam somente com painéis e inversores, já que não precisam armazenar energia.
Na instalação do sistema, os medidores existentes nas unidades consumidoras serão substituídos por medidores bidirecionais, que permitirão registrar a quantidade de energia gerada por meio das placas fotovoltaicas injetada no sistema Celesc.
Requisitos para participar do projeto
– Consumidor residencial deve ser adimplente com a CELESC e fazer a inscrição via internet. Caso todos os requisitos sejam atendidos, o consumidor entra para a lista de instalação.
– Área mínima de 20m² disponível no telhado para instalação, livre de sombreamentos (por árvores, prédios vizinhos, etc)*;
– Orientação do telhado voltada para o Norte (com desvio admitido +/- 30°);
– Inclinação do telhado de 15° a 25° em relação ao plano horizontal;
– Consumo médio superior a 350 kWh nos últimos 12 meses;
– Disponibilidade de recurso para contrapartida;
– Disponibilidade de acesso à rede de internet/WiFi;
– Cada consumidor poderá se inscrever para receber um sistema de 2,6 kWp
Colaboração: Rafael Vieira de Araújo / Secretaria de Estado de Comunicação
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