Poder Executivo

Planejamento estratégico e gestão de resultados: o modelo que reelegeu Ademir Magagnin

Primeiro prefeito reeleito na história de Cocal do Sul, Ademir Magagnin (PP), terá seu exemplo de gestão municipal utilizado por outras cidades do Sul

Fotos: Arquivo/Maria Luíza Da Rolt/PMCS

Fotos: Arquivo/Maria Luíza Da Rolt/PMCS

O engenheiro agrimensor Ademir Magagnin (PP) e a professora Cirlene Gonçalves Scarpato (PSD) tiveram nas eleições municipais deste ano, a resposta do modelo de gestão aplicado junto a cidade de Cocal do Sul: planejamento estratégico e gestão de resultados. Ambos foram reeleitos com mais de 63% dos votos válidos (7.038 votos).

Magagnin é o primeiro prefeito reeleito da história de Cocal do Sul e concedeu entrevista ao Portal Sul In Foco. Falou da sua forma de governar. Dificuldades, desafios e o reconhecimento nas urnas de um modelo de gestão que está sendo exemplo e deverá ser aplicado por gestores em outras cidades do Sul.

Acompanhe:

Qual a avaliação das eleições municipais?

Foi uma eleição curta, rápida, onde em 45 dias podemos ter o contato com o eleitor e buscar a confirmação do voto. A nossa campanha, a nossa vitória se deu, não nos 45 dias de campanha, mas sim nos quatro anos de trabalho. Voltamos para a rua e fomos na casa do eleitor pedir mais uma oportunidade. Percebíamos a disposição do eleitor que ele queria que continuássemos. Isso estava muito nítido e presente nas famílias. Percebemos na campanha que o eleitor conseguiu visualizar o trabalho. Não precisamos dizer o que fizemos, pois o eleitor identificava as obras. Nas expectativas positivas que tivemos, se confirmaram nas runas. Muito gratificante trabalhar quatro anos e ter esse retorno positivo do eleitor. Significa que todo o trabalho que fizemos, todo o tempo e planejamento, não foi em vão. Esse novo modelo de administração foi valorizado. Valeu a pena por esse retorno que a população deu.

Quais as principais reivindicações apresentadas pela população durante a campanha?

Evidente que a população reconheceu o que foi feito, mas também colocou algumas situações e deu sugestão. Ainda hoje, há uma reinvindicação na saúde. Sabemos que tem pontos a melhorar. Conseguimos identificar através da população que há uma demanda em alguns ESF’s, que os médicos que estão ali hoje não conseguem atender toda esta demanda. Ficou ali um alerta para que olhássemos essa demanda. Isso está bem claro e percebemos esse pedido da população. Outra coisa são os exames de média, cirurgias e tratamentos de média e alta complexidade. A população não sabe identificar quem é o responsável. Ela quer ser tratada. A prefeitura não vai conseguir atender todas as demandas porque não há dinheiro e, também é um compromisso do Governo do Estado. Estamos percebendo cada vez mais a redução do atendimento do Estado. Essa é uma gestão que os prefeitos tem que fazer através da Amrec e temos que cobrar da Secretaria de Estado da Saúde.

Qual o planejamento e prioridades do novo pleito?

Agora em novembro começa o novo planejamento do novo mandato. Aí, vem a questão da saúde, do esporte, lazer… Nosso plano coloca bem o foco no esporte e lazer. Para a melhor idade, o compromisso com um Centro de Convivência. Compromisso grande também com a educação e, não baixar o nível. Queremos aumentar o número de alunos no Ensino Integral. Temos 640 hoje e queremos chegar a 1000. Esse planejamento que começa neste mês de novembro direcionará estes pontos importantes para o próximo mandato. Temos o compromisso e estamos trabalhando forte para concluir também o pátio de máquinas. A nossa garagem para um novo local. Isso faz parte do novo planejamento. É um governo de continuação e não pode parar.

E geração de novos empregos?

A administração municipal tem uma preocupação grande com a receita do munícipio. Não há outra saída, senão buscarmos aumentar a receita. Temos muito claro que, 70% de nossa receita vem da indústria. Por isso, temos essa preocupação de ampliar nossa área industrial. Já compramos este novo terreno com uma perspectiva de colocar até 30 empresas, gerando 300 novos empregos. Vai gerar renda e emprego, fortalecendo comércio e, formando uma corrente de desenvolvimento. Esse é um dos pontos fortes da administração. Temos que olhar o futuro. O município não é meu. Nesse tempo em que estou a frente, preciso que o município cresça e que eu possa deixar ele com condições para o futuro e para a próxima gestão. Industrialização dele é o caminho. A área já foi preparada dentro do Plano Diretor. Aquela região, no sentido à Morro da Fumaça, está toda destinada à indústria. Ninguém poderá fazer um loteamento residencial. Não temos dúvidas que estamos no bom caminho.

Potencial turístico e festividades?

Esse evento que realizamos no últimos quatro anos (Cocal Fest), com público entre 20 e 30 mil pessoas, se consolidou e se tornou uma grande festa aqui do Sul. Acho que estamos no caminho certo. Cocal precisava trazer uma festa que contasse nossa história. Um cidade que tem 131 anos de colonização. Ela (Cocal Fest) não vai parar e vamos consolidar este vento para os próximos anos. Temos outro ponto muito forte que é a gastronomia. O turista não vem em Cocal. Ele vem na região e passa por Cocal. Tem o Museu Histórico, a nossa praça da Igreja Matriz revitalizada que, ficou muito bonita. Para fortalecer tudo isso, temos um projeto que se chama “sinalização turística”, com identificação de todo o nosso interior com placas e pontos turísticos. As prioridades em saúde, educação e infraestrutura, às vezes você não consegue executar todas elas. Agora, no próximo mandato estamos colocando como prioridade também estes setores. Queremos que Cocal entre nesta rota turística.

E o trânsito intenso da cidade?

Estamos trabalhando com dois pontos fortes. A pavimentação total da rodovia SC-442 (Cocal/Morro da Fumaça) vai tirar todo o trafego pesado e, o outro é o Anel Viário. Conseguimos colocar no orçamento do Estado para fazer o projeto. Esses dois pontos serão responsáveis por um grande avanço do nosso município. Iremos fazer um binário dentro da cidade e dar mais qualidade de vida e facilitar a circulação de veículos. Primeiro fazer o projeto e depois a obra.

Qual a análise do senhor sobre a nova formação da Câmara de Vereadores?

Não faltou dialogo por parte do executivo nesta gestão que estamos encerrando. Nestes quatro anos sempre procuramos os vereadores e colocamos eles como peça fundamental. Estamos nos organizando no novo planejamento e manteremos contato com os vereadores. Colocarmos para eles nossa forma de administrar, o nosso perfil. Tem tudo para ser uma grande câmara. Teve uma renovação muito grande. Apenas três vereadores foram reeleitos. Eu aposto nessa nova câmara e que possamos fazer uma grande trabalho.

E a vice prefeita Sirlene Scarpato (Professora Aninha)?

Tivemos um trabalho muito integrado com ela (Aninha)e deve continuar. Evidente que entraram novos partidos, mas como não há mudanças no perfil do governo, não vejo problema nenhum para que estes partidos trabalhem conosco. Sabemos que o intuito é contribuir com a administração e pelo bem da cidade. Aliado a isso, vice Aninha é uma pessoa muito comprometida com a cidade e assim, se manterá.

Situação financeira e as estratégias em função da crise?

Fizemos todo o planejamento estratégico bem antes da crise. O nosso município vai fechar o ano sem dividas, sem fornecedores para trás e o pagamento de funcionários em dia. Estamos felizes com este andamento, com os secretários envolvidos. Está difícil, mas está tudo dentro do planejado. Isso não mudará para o próximo ano. Essa austeridade se manterá. Temos que ter muita cautela e uma folha enxuta. Estamos bastante otimistas para o próximo ano.

O que a população pode esperar?

Essa administração técnica não mudará em nada. A prova foram as urnas que mostraram que o nosso modelo deu certo. Este modelo que será adotado por vários municípios da região carbonífera.