Comunidade retira invasores a socos e pontapés.
Um pequeno grupo de sem-tetos ligados a movimentos político-partidários invadiu três residências na Praia do Rosa, em Imbituba, que ficam em um mesmo terreno, em uma espécie de condomínio. O crime foi descoberto quando a zeladora de uma das casas chegou para trabalhar na manhã da última sexta-feira.
Ela foi surpreendida e convidada para sair do local. A funcionária, que trabalha todos os dias na casa, entrou em contato com os proprietários, que são do Rio de Janeiro, e acionaram um advogado.
De acordo com Lourenço Marcon Tosetto, advogado contratado por um dos donos do imóvel, foi tentado a desocupação da residência até as 16h, e como os invasores não quiseram sair, uma ação de Reintegração de Posse foi apresentada, ainda na sexta, no Fórum da comarca de Imbituba.
Lourenço diz que o grupo alegou ter invadido “após ter acompanhado a movimentação do imóvel. Eles disseram ter amparo constitucional já que as residências, segundo eles, não são utilizadas”. Situação contestada pelo advogado argumentando que não há abandono. “Os proprietários visitam frequentemente e pagam inclusive uma pessoa para cuidar”.
Os acusados disseram ao advogado “estar agindo de inteira autonomia. São amigos e contam com a orientação de um advogado”. Lorenzo mencionou ainda que, durante as negociações, identificou a presença de seis ou sete pessoas, incluindo uma mulher e uma criança.
A situação incomodou também os vizinhos, principalmente pelo grupo ter mencionado invadir outras casas. Por isso, na tarde deste sábado, uma manifestação em frente ao condomínio foi organizada. Segundo informações dos moradores, eles, novamente, alegaram ter invadido “porque o direito à moradia é constitucional e estavam amparadores pela lei”. Assim que o grupo chegou ao local, um veículo empreendeu fuga em alta velocidade e outros dois ocupantes que estavam nas casas foram expulsos pela população, que linchou a dupla.
A Polícia Militar foi acionada e deteve os invasores. Ainda de acordo com os vizinhos, eles disseram ser naturais de Brusque. A suspeita é que o grupo já tenha agido desta forma em outras regiões e sejam orientados nas ocupações.
A saída dos invasores foi comunicada ao Fórum, e a ação de Reintegração de Posse foi alterada para ação de Interdito Proibitório que, segundo Lourenço, “tem como função repelir algum tipo de ameaça à posse do proprietário, tendo em vista o risco que existe”. Alguns estados têm registrado, nos últimos dias, invasões a escolas e prédios públicos. Mas invasão (que é crime) em um imóvel particular é a primeira na região.
Com informações do Jornal Notisul