Educação

Recuperação é iniciada após escola de Orleans ser atingida pela quarta vez por vendaval

A Escola de Educação Básica – EEB Cônego Santos Sprícigo, localizada no bairro Alto Paraná, em Orleans, retomou as aulas nesta quinta-feira (20), após o vendaval registrado no último domingo (16), que atingiu e danificou, principalmente, a cobertura da estrutura.

Na noite dessa quarta-feira (19), uma reunião foi realizada com os pais dos alunos e com a comunidade para que a atual situação fosse conhecida por todos. Além disso, de acordo com a diretora da escola, Telma Regina Rocha Hoffmann, foi pedida autorização dos pais para que as aulas fossem realizadas temporariamente em outro local.

Oito salas de aula foram danificadas. A mais prejudicada foi a sala onde funcionava o sétimo ano pela manhã e o segundo à tarde. Ela ficou totalmente descoberta e a estrutura dela atingiu as demais repartições. Na escola, a secretaria, a sala de informática, o setor pedagógico e duas salas de aula ainda estão em boas condições.

As aulas estão sendo realizadas em três salas da igreja, utilizadas para catequese, e no salão de festas do bairro, que ficam em frente à escola. A diretora enaltece o empenho de todos os participantes do encontro, que reuniu aproximadamente 150 pessoas. “Os pais aceitaram e registramos tudo em ata. É um momento muito difícil, mas estamos felizes por poder contar com este apoio”, ressaltou.

A Escola de Educação Básica – EEB Cônego Santos Sprícigo atende aproximadamente 290 alunos do ensino infantil ao nono ano. Cinquenta deles formam duas turmas de ensino integral infantil. Este ano letivo conta ainda com 27 dias de aulas, que terminarão no dia 5 de dezembro. No dia 14 as atividades serão encerradas e no dia 16 a escola será fechada.

“É desolador”

Assim, a secretária da escola, Solange Coelho Marchioro, descreve a situação enfrentada. Ela conta que o local já foi atingido por quatro vendavais. “Mas este foi o pior”, acrescenta. O último foi registrado no dia 8 de janeiro de 2015. Uma reforma foi realizada e a conclusão se deu no dia 14 de maio. A estrutura também passou por ampliação em 1994 e por reforma em 2004.

Solange conta que, recentemente, algumas melhorias haviam sido realizadas com recursos oriundos de ações da Associação de Pais e Professores – APP. “Foram realizadas melhorias da sala e do banheiro dos professores, móveis haviam sido adquiridos, foi providenciada a separação do local da merenda e estava programada a colocação de um portão eletrônico”, contou.

Apesar do momento difícil, a equipe da escola mais uma vez está engajada para enfrentar os obstáculos. “Fico arrepiada quando me lembro do momento em que abri o portão da escola no domingo. Só de imaginar que poderia haver crianças ali já nos causa uma grande preocupação. Por isso, apesar de tudo, temos que agradecer. Aos poucos, é possível recuperar estas perdas materiais”, destacou a diretora Telma.

Trabalho de recuperação

Após o acontecido, foram necessários três dias para que os profissionais preparassem as instalações provisórias, que, ainda assim, contam com limitações. Apenas nesta quinta-feira a chuva deu trégua e as obras de restauração foram iniciadas por uma equipe acompanhada do coordenador municipal de proteção e defesa civil e engenheiro civil, Edesio Berger.

Segundo ele, de imediato, será restaurado o que foi menos danificado para permitir, dessa forma, que os alunos voltem às salas de aulas aos poucos. “Acredito que conseguiremos restabelecer por volta de 70%. Na próxima semana, a previsão é que se restaure mais 20% das pendências. Contudo, os 10% restantes, infelizmente, ficarão para o próximo prefeito”, adiantou.

As obras ficarão concentradas na cobertura da escola. “O forro, entretanto, não será possível providenciar neste mandato. Na segunda-feira, já estará funcionando uma parte e, na medida em que os trabalhos forem sendo realizados, mais alunos serão trazidos para cá. Basicamente, uma das salas, que foi a mais atingida, e dois corredores ficarão sem recuperação neste ano”, explicou.

De acordo com o orçamento preliminar calculado por Edesio, serão necessários R$ 50 mil para estas obras. Contudo, não se sabe ainda qual será o valor gasto no conserto da parte elétrica. Até esta manhã, a escola ainda estava sem energia. No decorrer doas próximos dias, os funcionários farão um levantamento para saber qual a situação dos eletrônicos.

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