Segurança

“Vivemos momentos de terror”, relata prefeito de Cocal do Sul

Ademir Magagnin, a esposa e um amigo do casal ficaram amarrados por três horas. Assaltantes levaram bens da família.

Foto: Divulgação / Sul in Foco

Foto: Divulgação / Sul in Foco

A noite do último domingo foi de tensão e medo para o prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin. Ele, a esposa e um amigo do casal foram mantidos como reféns por três horas. Segundo o prefeito, por volta das 23h três pessoas chegaram encapuzados em suas residência e aboradaram o amigo que estava saindo da casa. A partir dali iniciou uma tortura pisicologica.

Com o amigo rendido, os assaltantes invadiram a casa e amarraram os três enquanto procuravam por dinheiro. “Ficamos reféns por três horas em um ato selvagem, no qual ficamos totalmente indefesos e em uma tortura psicológica muito forte. Isso nos desequilibrou de uma forma muito forte, mas podemos agradecer a Deus por terem nos deixado com vida. Os bens materiais, ao longo do tempo, nós podemos recuperar", afirmou Magagnin.

Ele lembra que foi um momento terrível, muito difícil, e que não deseja para ninguém. "Jamais imaginaria que o ser humano pudesse chegar a esse extremo, de uma tortura psicológica que vocês não imaginam. Foi uma madrugada muito difícil para mim, para minha esposa, mas suportamos tudo isso", descreveu.

Durante o período em que foi mantido como refém, o prefeito observou que os assaltantes eram tranquilos e que a todo momento usavam de uma tortura diferente. "Diziam que iam levar a mim ou a minha esposa. Isso nos deixava muito preocupados, principalmente no fim, que disseram que iam sequestrar minha esposa. Foi um momento muito difícil", afirmou emocionado.

Os assaltantes conseguiram levar uma quantia em dinheiro e eletrodomésticos, eletrônicos, como TV, micro-ondas, entre outros. “Eles reviraram a casa toda, mas tinha uma quantia muito pequena em dinheiro. Eles sabiam que se tratava do prefeito da cidade, mas entraram para roubar. Levaram tudo que puderam, inclusive o carro", descreveu.

As vítimas do assalto foram trancaram no quarto, sala, foram amarrados e imobilizados. Mas não teve tortura ou agressão física. "Eles queriam dinheiro e eu não tinha, mas eles não acreditaram. No fim desse ato, eles até pegaram uma tesoura e tentaram perfurar meu dedo como uma forma de pressionar e ver se realmente não tinha dinheiro. A partir daí, eu percebi que eles logo sairiam da casa. Dez minutos depois, eles saíram", contou o prefeito.

"Às 2 horas eles deixaram cada um em um quarto, chaveados. Em seguida, apagaram as luzes e se retiraram. Nós percebemos quando os três embarcaram no carro pela batida das portas e então iniciamos o processo de nos soltarmos. Isso foi bastante difícil", lembrou.

Até o momento os assaltantes não foram identificados e seguem foragidos.

Colaboração: Jussi Moraes / Sul in Foco