Segurança

Polícia prende suspeitos dos atentados em Criciúma

Três seriam menores, com 16 e dois de 17 anos, e o outro teria 21 anos

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

Depois da onda de ataques em Criciúma, com dois ônibus queimados e uma tentativa de incêndio a uma residência, a polícia prendeu quatro suspeitos na noite de ontem, por volta da 23h. Três seriam menores, com 16 e dois de 17 anos, e o outro teria 21 anos. Os quatro foram localizados no Bairro Renascer e Jardim União. Todos foram encaminhados para a Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso.

Logo que chegaram, os acusados deram o depoimento e um deles foi liberado. “Estamos formalizando as provas e, concluindo que não seja em flagrante, vou protocolar isso na madrugada para segurar eles por alguns dias. Ai conseguiremos investigar melhor. As duas polícias estão unidas para tentar resolver da melhor forma possível”, afirma o Delegado Antônio Márcio Campos Neves. Um dos suspeitos, que teve a perna queimada, negou o incidente em depoimentos. “Ele afirma que queimou a perna na churrasqueira, mas a mãe dele nega”, explicou à reportagem do Clicatribuna. Conforme Neves, o adulto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.

Mais suspeitos

Além dos que foram rendidos, segundo o Major Fraga, da Polícia Militar de Criciúma, ainda tem uma lista com mais suspeitos envolvidos. “Nós temos uma lista de possíveis autores”, ressalta. Ele ainda fala que os ataques eram para ter iniciado na quinta-feira. Porém, ainda não se sabe o motivo, houve uma frustração. “Os primeiros incidentes foram na sexta-feira. Na quinta eles se reuniram, mas não tiveram êxito”, ressalta.

Um deles é reconhecido

A Policial Civil, que foi alvo dos adolescentes no último sábado, reconheceu um deles, durante o depoimento. “Ele está negando, mas não adianta. Eu vi e sei que foi ele que tentou atear fogo na minha casa”, explica. De acordo com a policial, os rapazes estavam monitorando ela durante alguns dias.

Se for comprovado o envolvimento deles, o delegado vai pedir as internações de menores e a prisão preventiva do maior de idade. “A situação complica um pouco, mas ai temos que pedir a internação deles e podem acabar sendo reconhecidos. Só depois viria uma medida cautelar”, coloca Neves.

Apoio da população

Para quem tiver informações dos ataques ou de algo relacionado, as Polícias Civil e Militar pedem para entrar em contato nos números 181 e no 190. “Recebemos uma informação de um popular, fomos checar e conseguimos chegar em um deles. Com isso, conseguimos também chegar nos outros envolvidos”, conta Fraga. “Toda a informação é bem vinda e, cada detalhe, vai ajudar a gente a conseguir desvendar tudo”, pontua.

Já Neves ainda ressalta que muita informação que chega não tem relação com os ataques. “O pessoal da DIC está todo mobilizado. Tem informações que é para desviar o foco e tudo mais. E tudo isso demora. Eu sei que a população cobra o resultado, mas estamos trabalhando sem parar”, relata.

Escolta seguem normalmente

As empresas de ônibus, sempre no horário da noite, terão o apoio das viaturas para reforçar ainda mais a segurança. Em Florianópolis, o transporte coletivo foi suspenso, por causa dos ataques. Já em Criciúma, ainda não existe essa possibilidade. “Em hipótese alguma não existe a possibilidade de suspender as linhas de ônibus”, avisa Fraga.