Partindo do princípio de que “Pátria” não significa apenas o lugar onde nasce e vive o cidadão, mas sim o lugar, ambiente ou espaço geográfico onde insere sua vida ligando-se aos outros por vínculos afetivos, culturais, valores e história, vamos refletir sobre o real sentido da palavra “independência”, celebrada nessa semana com desfiles, homenagens, protestos, emoções, encantos e desencantos para comemorar os 194 anos da emancipação política do Brasil, sob o jugo português desde o seu descobrimento, instalando-se assim o início de uma nova era. Mas, como está se construindo este novo tempo?
Falar de independência de uma nação buscar entender os caminhos que foram trilhados e conhecer as lutas que foram travadas no decorrer da história, reconhecer a coragem e o valor de nossos heróis do passado para que hoje possamos desfrutar de um país tão cheio de vitórias, de riquezas, mas por vezes tão injusto e desigual. Festejar o dia da independência vai muito além de ir às ruas de maneira formal para desfilar e mostrar um espírito patriótico.
Significa o momento para refletir sobre a pátria que temos, e qual pátria nós queremos; que contribuição estamos dando para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária. Festejar esse momento é ter consciência de que a independência é um processo em constante mudança e a cada dia exige que lutemos por nossos direitos, para que se cumpram as leis e que tenhamos nossos direitos respeitados. É, portanto, uma busca incansável para a manutenção de nossa liberdade. O país vive hoje uma inegável crise de valores, fruto da corrupção generalizada que aqui se instalou, mas isso não nos dá o direito de desrespeitarmos a mãe pátria, pois dela podemos tirar tudo o que é precisamos, mas por ganância e obsessão negam-nos o que nos é de direito.
Talvez alguém neste momento esteja perguntado: temos motivos para comemorar o dia da pátria? Será que é justo ostentarmos nosso amor, patriotismo, esperança num futuro melhor diante das barbaridades que temos vivenciado? A resposta é uma só: é preciso, mais do que nunca, que cada um de nós faça a sua parte, mostrando aos nossos jovens e crianças que uma nação precisa que seus filhos orgulhem-se dela, que o espírito patriótico não pode morrer nunca, porque nossa pátria é nossa mãe, e mãe não se deixa de amar jamais.
Assim sendo, aproveitemos o momento para reverenciar a mãe pátria e mostrar que somos um povo guerreiro que não desiste nunca, que se emociona diante das cores da bandeira, que chora ao som do hino nacional, que acredita na mudança, que cansou de dormir em berço esplêndido e resolveu mostrar para si e para o mundo a força que traz consigo. Não nos esqueçamos de que o Brasil é muito maior do que todos os desacertos que o envolvem, pois é o nosso País, nossa Pátria amada!