O delegado André Milanese, da Divisão de Investigação Criminal – DIC de Criciúma, concluiu as diligências solicitadas pelo Ministério Público – MP, em relação à morte do professor de Urussanga, Elvis de Oliveira, de 27 anos, e encaminhou novamente o inquérito policial hoje ao Fórum, sem novidades.
O professor foi assassinado com um tiro na nuca, na madrugada de 13 de maio, no bairro Renascer, após ter pedido para morrer a três adolescentes traficantes, que confessaram o crime. A versão apontando que a vítima teve intenção de tirar a própria vida não convenceu amigos e familiares da vítima, que chegaram a fazer uma manifestação pacífica na área central de Urussanga, pedindo por mais diligências.
No final de julho, o promotor Paulo Henrique Lorenzetti da Silva, que respondia pela 1ª Promotoria de Justiça, e o promotor Mauro Canto da Silva, da 8ª Promotoria, Curadoria da Infância e Juventude, que analisaram em conjunto o inquérito concluído no primeiro momento, solicitaram novas diligências, pois, algumas pessoas haviam procurado o MP repassando “novas” informações. Milanese, ao receber o conteúdo das novas diligências, já havia informado que não tinha “nenhuma grande novidade”. Disse também que “enquanto ainda se discute o envolvimento de mais uma pessoa, outra motivação, os três adolescentes, considerados de alta periculosidade, estão soltos”.
Dentre as novas diligências, conforme Milanese foi requerido à oitiva de pessoas que teriam ouvido comentários envolvendo a esposa da vítima, que poderia levar a crer ter sido ela a mandante do crime. “Das novas diligências foi ratificado que a esposa da vítima teve um abordo espontâneo em 2015, não tendo tal fato relação com a morte. Foi procedida a oitiva de três pessoas que presenciaram a briga de Elvis com a companheira na noite dos fatos, ficando esclarecido que ele estava fora de controle, que agrediu fisicamente ela e a filha dela, de 13 anos, e que antes de sair de casa de madrugada pilotando sua motocicleta, disse que iria se matar jogando a moto embaixo de um caminhão, mesma frase que a vítima relatou aos três adolescentes que acabaram o assassinando”, detalha a autoridade policial.
“Três adultos que poderiam ter sido mandantes do crime e um quarto adolescente suspeito de ter participado do homicídio, todos moradores do Bairro Renascer, foram reinquiridos, não sendo obtida qualquer prova sobre seus envolvimentos. Foi ouvido um familiar de um dos adolescentes que confessou participação, que reside no interior de Urussanga. Este familiar relatou que após o homicídio, tal adolescente foi se homiziar em sua casa, localizada na Linha Pacheco, mas não se comprovou nenhuma ligação de tal adolescente com a esposa da vítima, que é insistentemente apontada pela família da Elvis como suspeita de ter participação no homicídio”, emendou Milanese.
O delegado informou ainda que foram apresentadas ao MP as relações das chamadas dos celulares da vítima e das pessoas investigadas, que no entendimento da polícia somente reforçam a conclusão já apresentada, mantendo a polícia a mesma conclusão sobre a autoria delitiva.
Com informações de Talise Freitas / Clicatribuna