Segurança

Empresa reluta em concluir obras da UPA por embate financeiro em Criciúma

Foto: Arquivo / Portal Engeplus

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Prometida para estar concluída até o fim desse ano, a Unidade de Pronto Atendimento – UPA da Próspera segue sendo uma incógnita. Apesar dos repasses, que estariam dia, a empresa responsável pela a obra está relutante em concluir os procedimentos que lhe competem. A Prefeitura Municipal de Criciúma alega já ter quitado os R$ 300 mil exigidos para a finalização da unidade, que incluem a construção e equipamento do espaço.

Esse valor seria o necessário para os 7% que ainda faltam dos serviços. No entanto, a Consultora Nunes exige que valores referentes a outras obras públicas, as quais também foi contratada, sejam quitados para dar continuidade à UPA. Fato que, para a Prefeitura, seria inaceitável. Conforme o secretário de Saúde, Vitor Benincá, os demais débitos existentes entre a Prefeitura e a empresa contratada não devem impedir que a UPA seja finalizada.

“Desde que fui à Brasília e disse ao prefeito que tinha como abrir a unidade, ele se mobilizou e botou os valores em dia. Mas, eles dizem não irão fazer até que se reajuste o restante das dívidas. Só que uma coisa não tem nada ver com a outra, até porque esse recurso da UPA é do Fundo dos Municípios”, explica. Para o secretário, as obras estão extremamente lentas, apesar da responsabilidade de fiscalização ser da Secretaria de Obras do município.

Rescisão e indenização

A relutância da construtora em concluir a obra foi formalizada ao Conselho Municipal de Saúde. Conforme o presidente, Júlio Zavadil, se a UPA não for devidamente concluída em breve, como previsto em cronograma e pelo projeto arquitetônico, a rescisão do contrato será solicitado, juntamente com a indenização dos valores de obras. O Conselho de Saúde já agendou um encontro com a construtora para cobrar que as obras sejam devidamente retomadas e concluídas.

Para isso, será realizada entre o conselho e a empresa uma reunião, no período da tarde. “Ela simplesmente se nega a finalizar e queremos a resolução desse problema. Não posso afirmar o que está acontecendo, não entendo, ainda mais em período eleitoral”, afirma Zavadil. 

Resposta da empresa

Atualmente, o que falta na unidade seriam pequenos ajustes. Entre eles a pintura, a argamassa, a colocação da porta pública e a mobília, o que poderia ser concluído em até dois meses. Em entrevista, o proprietário da Consultora Nunes, Jurandir Nunes, pareceu se contradizer sobre os valores que faltam para a conclusão da UPA.  Em primeiro momento, disse que faltavam apenas recursos de outras obras e, depois, alegou faltar ainda bastante dinheiro a ser repassado aos serviços da UPA.

No entanto, valores não foram informados. “Existem muitas pendências, há muito tempo. Mas eu não vejo entrave nenhum, depende só do bom senso da Prefeitura com o seu financeiro. Estamos fazendo de tudo para resolver essa questão”, diz Nunes. Mas, o proprietário confirma a exigência dos repasses das dívidas que não tem ligação com a unidade para que essa possa ser finalizada. “É justo nesse ponto que estamos tentando entrar em um consenso”, afirma.

Os valores seriam um auxílio para comprar materiais importados para a unidade, como o piso vinílico. Esse item em especifico, já teria sido encomendado há muitos meses, no entanto, a encomenda foi cancelada pela empresa. “Eu quero resolver isso. Já foram feitas reuniões, mas cada vez eles fazem uma alegação diferente para não executar as obras”, diz o secretário Benincá.

Com iformações de Denise Possebon  / Clicatribuna