Desentendimentos e desgaste dentro do partido seriam os principais motivos da decisão.
Demorou, mas está definida a desistência do prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos (PMDB), à possibilidade de reeleição no pleito deste ano. O mandatário confirmou a sua decisão nesta sexta-feira ao Notisul. Disse que enfrenta problemas com o partido e encontra dificuldades na Câmara de Vereadores para aprovar projetos de lei do executivo que evidenciam o desenvolvimento do município em várias áreas.
Everaldo, que assumiu a cadeira do gabinete do paço no dia 1º de janeiro de 2013, é, segundo apontam alguns colegas prefeitos no estado – até mesmo de outros partidos – um dos mais atuantes em busca de recursos para projetos nas capitais catarinense e brasileira. Sempre atuou pelo PMDB e cumpriu quatro mandatos consecutivos como edil em Laguna (16 anos), chegou a presidir a casa legislativa da Cidade Juliana em algumas ocasiões. É funcionário de carreira da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), aonde deverá retornar no próximo ano.
“Estou decepcionado com uma série de situações. A abertura de crédito para a pavimentação do Morro da Glória, recurso que conseguimos e que não teria nem contrapartida, mas a Câmara não aprovou”, lamenta o prefeito. O nome que corre nos bastidores para representar o PMDB é o do médico Zeno Alano Vieira. Existe uma intenção de aliança com o PSDB, com o ex-prefeito Nazil Bento Júnior compondo chapa como vice. Nada está definido na Terra de Anita Garibaldi, pois o ex-secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) em Laguna, Mauro Vargas Candemil (PMDB), ainda sinaliza a sua intenção de concorrer ao pleito como candidato a prefeito pelo seu partido. Informações extraoficiais indicam que o vice-governador do estado, Eduardo Pinho Moreira, é um dos principais apoiadores do ex-secretário. Everaldo chegou a participar, em dezembro do ano passado, de algumas reuniões com o PSDB, quando a diretoria da executiva estadual do partido tucano chegou a afirmar que as portas estavam abertas para Everaldo se filiar e tentar uma eventual reeleição. À época, o prefeito garantiu que tudo poderia ocorrer e que não estava contente com a falta de companheirismo de caciques peemedebistas: para com Laguna e, principalmente, com ele.