Diego Felipe de Araújo, 36 anos, pai de dois filhos e atualmente morador de Imbituba, na manhã de ontem, parou em uma das sinaleiras da cidade com um cartaz que chamou a atenção dos passantes. Alguns tentaram ajudar com indicações, outros com dicas, mas quase ninguém que passou por Diego deixou de ter alguma reação.
No cartaz, o rapaz pedia: “Não quero dinheiro! Preciso de trabalho. Você pode ajudar?”. A atitude de Diego, que chega a chorar ao contar sua história, partiu do desespero que ele mesmo afirma sentir. Há sete meses desempregado, ele deixou Lages para vir para a casa da cunhada em Imbituba, na esperança de conseguir trabalho.
“Minha esposa e meus filhos ficaram em Lages. Ela trabalha como diarista e mantém a casa dessa forma, mas com grande dificuldade. Eu já não podia aguentar meus filhos me pedindo as coisas e eu sem dinheiro para nada. Como não consegui emprego lá, tive essa ideia. Vim de carona”, conta.
Uma das esperanças de Diego está no Porto de Imbituba, já que ele é operador de máquinas pesadas, como retroescavadeira, escavadeira hidráulica, guindaste e empilhadeira. “Fui até lá, mas na portaria não consegui deixar meu currículo. Fui ao Sine, mas eles não conseguem fazer meu cadastro porque não tenho comprovante de residência. Pediram que eu fizesse um documento assinado pela minha cunhada em cartório, mas eu estou sem dinheiro e ela também, pois está sem emprego como eu”, conta.
Ele está há três semanas na cidade litorânea e já deixou currículo em algumas empresas, mas ainda não teve sorte. “Todos dizem que não estão contratando”, aponta. Ontem, já sem recursos, Diego diz que recebeu a ajuda do dono de uma lan house da cidade, que deixou que ele imprimisse mais currículos e o cartaz, para pagar quando ele conseguir a sonhada vaga de trabalho. “Ele me ajudou e eu tive essa ideia de fazer o cartaz”, relata.
Diego é pai de uma menina de sete anos e um menino de onze. Ele espera conseguir um emprego na região e poder trazer a família. “Eu vou para qualquer cidade na qual tiver uma vaga”, afirma.
Diego tem habilitação e experiência na operação de máquinas pesadas. Tem ensino médio completo e curso de metrologia. Quem quiser entrar em contato pode falar com ele nos telefones (48) 3355-5270 e (48) 9845-1737.
Com informações do Jornal Diário do Sul