O diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – Samae, Antônio Willemann, por solicitação dos vereadores, prestou esclarecimentos durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Orleans, nessa segunda-feira (27).
O Samae de Orleans foi implantado em 1972 e, atualmente, possui 35 funcionários. A maior parte dos investimentos é realizada com recursos próprios ou com recursos provenientes da Fundação Nacional da Saúde – Funasa. No município, 100% do perímetro urbano habitado é atendido por rede de água. Além disso, alguns trechos ainda não habitados também são atendidos.
Oito comunidades na área rural do município também são atendidas com água tratada na sede. Entre elas, Pindotiba, Quilômetro 92, Oratório, Ranchinho, Seis Marias, Rio Belo e Barracão. “São 5010 famílias atendidas atualmente com ligações residenciais ativas, mais 1003 ligações divididas entre indústria, comércio e poderes públicos. Hoje, se trata na cidade, sem contar Pindotiba e Brusque, mais de seis milhões de litros de água por dia”, destacou.
Mil litros custa R$ 2,50
O diretor do Samae destacou, ainda, que o preço que se paga por 1 mil litros de água é R$ 2,50. “Precisamos quebrar essa cultura de dizer que se paga caro pela água. Na conta de água, são cobrados dois serviços. A tarifa de água mínima, para 10 mil litros, está R$ 25,10. É um produto entregue em casa e com qualidade. Então são mil litros de água por R$ 2,5. Se dez mil custa R$ 25, mil custa R$ 2,5. É um valor bastante barato. O valor da tarifa de esgoto também é um dos menores do estado. Há também a tarifa social, que é um benefício que atende as 291 famílias de baixa renda cadastradas na área social”.
Sistema de esgotamento sanitário também é referência
Willemann frisa ainda que o sistema de esgotamento sanitário do município também é referência na região. “O sistema de esgotamento sanitário começou a ser implantado em 1979. Hoje, está muito próximo de 100% de cobertura do perímetro urbano habitado da cidade com esgoto tratado, coleta e tratamento. Todo o esgoto coletado é 100% tratado. Em diversos municípios do Brasil se coleta, mas não se trata. Concluindo a etapa que está sendo feita de implantação da rede, nós teremos 33 estações de tratamento com duas bombas cada uma e quadra de comando automática. A capacidade das lagoas de tratamento é de 14 milhões de litros”.
Há também ligações de esgoto em locais ainda não habitados. “Estamos com ligações de água e esgoto à frente, onde não tem ainda residências. Temos, hoje, 100 casas ou prédios sem habitação, 972 lotes com água e esgotamento sanitário implantado não só na rua, mas também no passeio. Com isso, se alguma rua precisar ser pavimentada, não precisará ser quebrado ou rompido. Orleans tem uma exigência no Plano Diretor, na qual os loteadores precisam apresentar o projeto antes de executá-lo para ser aprovado. Depois disso, ele precisa ter a participação de suas expensas para que aconteça o saneamento básico. Isso é muito bom”, afirmou.
Mesmo assim, os avanços não param. “Há o convênio de esgoto sanitário para chegar aos 100%, entre a Funasa e a Prefeitura, para serem implantados 20 quilômetros de rede e nove estações de bombeamento, mais 535 ligações domiciliares para atender os ramais dos trechos que estão faltando. Foi pactuado com a Funasa aproximadamente R$ 3,7 milhões. Foi liberado apenas R$ 749 mil. Apesar de todos os trechos já executados, só foi paga a primeira parcela, restando as outras três. O outro convênio, também entre Prefeitura e Funasa, para a construção do laboratório regional de controle de qualidade da água. Dos R$ 3,9 milhões pactuados, falta ainda liberar a metade, R$ 1,958 milhão. Ele já está quase concluindo, com vidro e instalações”, explicou.
Dúvidas e reconhecimento
Os vereadores Mário Coan (PSDB), Osvaldo Cruzetta (PP), o Vá, e Antonio Dias André (PMDB), o Geada, aproveitaram a oportunidade para fazer alguns questionamentos. Mas, durante a sessão, o trabalho realizado pelo diretor e por toda a equipe do Samae de Orleans também foi bastante elogiado, principalmente pelo presidente da Casa Legislativa, Pedro João Orben (PMDB), e pela vereadora Angela Maria Fenilli Bratti (PP).