O Tribunal Regional Eleitoral – TRE decidiu ontem, por unanimidade, cassar o mandato do vereador de Forquilhinha Jerri Adriani Elias (PDT), por infidelidade partidária. O parlamentar saiu do ano passado do PT e, desde então, tramitava na Justiça Eleitoral a ação do Partido dos Trabalhadores para recuperar a cadeira que lhe pertencia. O vereador ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE para reverter a decisão, mas deve deixar o cargo assim que for intimado.
Na defesa, Jerri Elias relatou que sofreu “grave discriminação” e era “alvo de constante e reiterada hostilidade” dentro do partido e que o envolvimento do PT em escândalos apurados pela Operação Lava Jato em âmbito nacional lhe era “extremamente vexatória”, motivos que poderiam justificar a desfiliação.
O TRE, porém, entendeu de outra forma. Após analisar o que foi informado pelas partes, o relator do processo, juiz Luiz Antônio do Rêgo Rocha, concluiu que as situações relatadas pelo vereador eram “meras divergências” com outras lideranças do partido, e não grave discriminação. O agora pedetista assinou a ficha de filiação no dia 22 de setembro do ano passado, um dia antes de comunicar ao PT a decisão de deixar a sigla.
O tempo que a Justiça Eleitoral demora para notificar um vereador que tem mandato cassado varia. No ano passado, o ex-vereador de Urussanga João Batista Bom (PDT) também perdeu a cadeira por infidelidade partidária, mas ainda permaneceu no cargo por mais de um mês até ser comunicado oficialmente.
Com informações de Renan Medeiros / Clicatribuna