Educação

Em nome dos direitos humanos

Foto: Divulgação

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Falar de violência no Brasil virou rotina, mas é impossível não se deixar impressionar com a forma assustadora que evolui, deixando-nos cada dia mais intrigados e convencidos de que é difícil, para não dizer impossível, cessar esse caos que se instalou na sociedade. É violência nas ruas, nos lares, nos meios de comunicação, contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, ambiental, ética, política, psicológica, física, verbal, dentre tantas.

O episódio ocorrido essa semana num hospital no centro do Rio de Janeiro, situado “a menos de um quilômetro do Batalhão de Choque da Polícia Militar, do Quartel Central do Corpo de Bombeiros e da sede da Secretaria de Segurança Pública”, leva-nos mais uma vez a refletir sobre o quanto somos carentes de segurança e quão falhas são as leis em nosso país, que em nome dos ditos “direitos humanos” protegem o bandido e deixam morrer o cidadão de bem, o pobre que aguarda arrastando-se pelos corredores de hospitais, ou nas filas do SUS a espera de médicos que não vêm ou que chegam, batem o ponto e somem, ou mendigando medicamentos que sumiram das prateleiras. No Brasil, bandidos têm tratamento cinco estrelas considerando-se os gastos que impõem aos cofres públicos, abastecidos com o nosso dinheiro. Ocupam um leito de hospital, recebem o mesmo tratamento, ou talvez melhor do que os que pagam seus encargos, causam transtornos ao ambiente, recebem visitas, planejam fugas deixando rastros dolorosos com morte de inocentes, criando pânico generalizado. Para mim, bandido tem de morrer…  Por que salvar a vida de alguém que tira vidas incessantemente: traficando, roubando, viciando jovens e crianças? Quanto custa à sociedade um “verme” desses? Qual a dimensão do mal causado por ele? Direitos humanos não foram criados para marginais…

Há poucos dias também acompanhamos escandalizados o caso dos dois meninos, de dez e onze anos, “bandidinhos” profissionais, que a polícia não teve alternativa senão matar, tirando de circulação um futuro exterminador, pois se com dez anos já faz estragos, imagine ao se tornar adulto? Um bandido a menos na terra… Mas, é inacreditável que ainda se continue investigando o caso, fazendo reconstituição do crime para tentar justificar o injustificável. Marquem nas suas agendas e pesquisem daqui a alguns anos para saber onde andará o menor que sobreviveu…

Condenado a mais de vinte anos de prisão o goleiro Bruno acaba de realizar casamento na prisão com direito a convidados, banda e almoço. E aqui fora a fome continua… Será esta badalação toda uma forma de nos avisar que talvez mais cedo do que pensamos o bandido estará nas ruas, será contratado novamente , receberá altos salários, e o crime passará para o esquecimento? Mas, e a família da moça assassinada como fica? Quem paga o sofrimento físico e psicológico pelos quais passou?

Assim como as acima descritas, tantas outras situações se sucedem: morte, roubo, estupro, assassinato, corrupção, insegurança… E o bandido continua solto…  Mas, quais os custos da violência brasileira, uma das mais dramáticas do mundo? São milhões usados diariamente e que poderiam ser investidos em políticas públicas para acabar com a falta de segurança, de saúde, de educação, de emprego.