Pelo menos R$ 20 milhões já deixaram de circular no estado que é referência em pesca no Brasil, somente na atual safra
O clima frio em Santa Catarina atraiu muitos cardumes de tainha. Mas justamente no auge da safra deste pescado, muitos profissionais estão parados por um motivo nada agradável: a burocracia. Entre outros entraves que emperram esta viabilidade de trabalhar, o aditivo e criação tributária, como a exigência de licenças especiais, principalmente pelo poder executivo nacional, resulta em perdas milionárias no setor. Pelo menos R$ 20 milhões já deixaram de circular no estado que é referência em pesca no Brasil, somente na atual safra.
No dia 15 do mês passado, quando iniciou o período legal para a pesca com embarcações artesanais, um número pequeno de trabalhadores pôde ir para o mar. “Conquistamos, até esta sexta-feira, 66 autorizações. Ainda há 48 solicitadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dentre elas, muitas são do Sul catarinense, principalmente de Laguna, Imbituba e Garopaba”, informa o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina, Ivo da Silva. Ele retorna de Brasília neste sábado. Estava na capital federal desde a última segunda-feira, quando foi solicitar apoio da base congressista barriga-verde. Deputados e senadores representantes do estado, que é o maior produtor de pescado do país e da maior frota modernizada no setor, apoiaram a reivindicação, principalmente a liberação das licenças para embarcações industriais (mais de 20 toneladas). Não há, segundo Ivo, embarcações assim no Sul do estado. “Praticamente todas são de Itajaí, que é a potência em nosso litoral”, revela. Apesar do óbice provocado pela União, já são 2,6 mil toneladas capturadas desde o início da safra da tainha, que iniciou dia 1º do mês passado.
Com informações do Jornal Notisul