Elvis de Oliveira foi morto na madrugada do dia 13 de maio
A Polícia Civil de Criciúma elucidou o homicídio do professor Elvis de Oliveira, de Urussanga. A vítima foi assassinada no último dia 13 de maio, no bairro Renascer, em Criciúma.
O homicídio causou grande comoção de amigos e familiares. Segundo o delegado responsável pela investigação, André Milanese, Elvis não possuía passagens criminais e não era usuário de drogas.
“Após 20 dias de intensa investigação, descobrimos que Elvis foi assassinado por três adolescentes. Eles alegaram que naquela madrugada, Elvis apareceu no bairro, no local onde eles vendiam drogas, afirmando que queria ser morto pois havia brigado com a esposa e não queria mais viver”, explica o delegado.
Os adolescentes relataram que a vítima aparentava estar descontrolada. “De tanto ele insistir, os adolescentes o levaram até uma rua sem saída, onde ele se ajoelhou e esperou ser morto. Um dos adolescentes atirou uma única vez, na nuca da vítima”, relata Milanese.
Depois da morte, os jovens dividiram entre si os R$ 140 que Elvis tinha na carteira. O celular ficou com um dos rapazes, enquanto a mochila da vítima (que continha uma Bíblia, roupas e a carteira) foi jogada em um rio, nas proximidades de onde o crime aconteceu. “As informações repassadas pelos três adolescentes são bastante verossímeis, coincidindo com as provas verificadas no local do crime e obtidas durante a investigação”, afirma o delegado.
Mudança de comportamento
De acordo com o delegado André Milanese, a alegação dos adolescentes confirma as informações repassadas pela esposa de Elvis à Polícia Civil. Ela relatou que a vítima vinha tendo mudanças de comportamento repentinas e falava sobre morte. “Isso inclusive teria motivado o casal a marcar uma consulta com um psicólogo. A consulta estava agendada para o dia em que Elvis foi morto.”
A polícia apurou, ainda, que na noite do dia 12, Elvis discutiu com a esposa e chegou a agredi-la. “Isso o levou a sair de casa em Urussanga, pilotando sua moto, que foi encontrada no dia seguinte abandonada no bairro Renascer”, relata o delegado.
Perícia
O celular da vítima foi recuperado no dia 24 de maio, em posse de uma moradora do bairro Renascer. No dia 2 de junho, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 em poder de um dos adolescentes investigados. “Através de perícia de comparação balística realizada pelo Instituto Geral de Perícias, confirmou-se que esta era a arma do crime. Registra-se a agilidade do IGP na realização do exame, que foi prova imprescindível para o desfecho do caso”, destaca Milanese.
Os três adolescentes estão em liberdade. O caso foi repassado para a Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança, ao Adolescente e ao Idoso de Criciúma (DPCAMI), que passa a apurar os atos infracionais de homicídio qualificado seguido de roubo.
Com informações do Engeplus