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A Secretaria Municipal de Saúde de São Ludgero ainda não possui informações oficiais sobre a suspensão definitiva das cirurgias eletivas realizadas em parceria com o Governo do Estado e Federal. Em média são atendidas 10 pacientes ao mês em diversas especialidades médicas.
Outra preocupação por parte do município é quanto ao atraso de recursos para a manutenção de programas sociais que podem ser suspensos.
Conforme a secretária Nilva Schlickmann Pickler, o futuro das cirurgias é incerto. “Até o momento não se tem uma informação oficial de como ficará no futuro desta situação. Acredita-se que voltará ao sistema de cotas básicas mensais para urgências. Uma reunião chegou a ser marcada para deliberar sobre o tema no dia 19 de maio, sendo transferida para o dia 7 de junho”, relata.
A assistente administrativa da Secretaria Municipal de Saúde, Morgana Rech da Silva, explica que todas as cirurgias eletivas agendadas até esta terça-feira (31) serão realizadas. “Como ficará de fato a partir de junho, iremos saber quando participarmos da reunião no dia 7 de junho”, esclarece.
Morgana completa informando que devido ao mutirão realizado não existe fila de espera no município de São Ludgero e alerta que aquelas encaminhadas depois de junho, num primeiro momento, estarão sem previsão para agendamento.
Fim do repasse
Segundo o site oficial da Secretaria de Estado de Saúde, a decisão da suspensão do mutirão foi tomada em reunião deliberativa realizada pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB), em razão do cancelamento do programa por parte do Governo Federal e da consequente falta de repasses, sendo os últimos pagamentos feitos pelo Ministério da Saúde referentes a agosto de 2015.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde o estado de Santa Catarina foi o último a suspender no país o programa. A discussão na CIB vinha sendo feita desde o ano passado, porém, somente agora, diante da falta de perspectivas financeiras imediatas, os gestores decidiram pela suspensão.
A informação é que o cancelamento do mutirão representa o corte no incentivo que era pago aos profissionais da saúde para aumentar a realização dos procedimentos eletivos ambulatoriais e hospitalares de média complexidade.
O Governo do Estado garante que as cirurgias eletivas de urgência, emergência e de sequência de atendimento continuarão sendo feitas nos hospitais dentro da cota prevista e contratada por cada unidade.
Entre os procedimentos realizados por sãoludgerenses estavam amigdalectomia, adenoidectomia, conização, postectomia, hernioplastia inguinal, colecistectomia, hemorroidectomia, fistulectomia, tratamento cirúrgico de varizes, facoemulsificação com implante de lente intraocular entre outros.
Programas sociais sob risco
A Secretária de Saúde e Promoção Social, Nilva Schlickmann Pickler, ressalta ainda que repasses do Governo Federal para manutenção de programas sociais estão atrasados.
“São Ludgero está aguardando repasses do Governo Federal de 2014 e 2015 em relação a determinados programas federais e que em breve, provavelmente, o município não terá mais caixa para mantê-los e se os atrasos permanecerem o que restará a fazer é a paralisação dos mesmos”, pontua.
Colaboração: Bertoldo Weber – Assessor de Comunicação da Prefeitura de São Ludgero