A medida ocorre para preservar a saúde pública, já que existe a possibilidade de contaminação.
A interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina, proibindo a retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar, é mantida por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca.
Exames realizados pelo Laboratório Laqua-Itajaí/Ifsc detectaram, na semana passada, a presença da toxina diarréica – DSP em cultivos da localidade de Caieira da Barra do Sul (Florianópolis), e também detectaram alta contagem de algas produtoras de toxinas em localidades de produção de moluscos da Enseada do Brito (Palhoça), Ganchos de Fora (Governador Celso Ramos) e Laranjeiras (Balneário Camboriú).
A interdição em todo o Litoral catarinense ocorre para preservar a saúde pública, já que existe a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.
A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e, por isso, os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado ocorreram em 2014, 2008 e 2007.
De acordo com o site Notisul, novas coletas de ostras e mexilhões serão realizadas nesta semana para o monitoramento das áreas de produção e os resultados definirão a liberação ou a manutenção da interdição.
A expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas desapareçam em alguns dias, não gerando prejuízos financeiros para os maricultores porque a produção permanecerá na área de cultivo.