Foragido de presídio gaúcho se apresentou hoje na delegacia de Polícia de Araranguá, onde pediu para ser preso alegando dificuldades financeiras
Foto: Divulgação / DIC de Araranguá
A crise econômica que atinge o Brasil está afetando vários setores e mudando realidades. Com o aumento o desemprego e a escassez das oportunidades de trabalho, a situação está cada vez mais difícil. Uma ocorrência registrada na manhã desta terça-feira, expõe com precisão o desespero de algumas famílias brasileiras, que já enfrentam dificuldades para prover o próprio sustento.
Um fato inusitado aconteceu na Central de Polícia de Araranguá. L. A. S. H., de 28 anos, procurou pela delegacia de polícia, nas primeiras horas da manhã, para se entregar. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pela Comarca de Caxias do Sul/RS pelo crime de roubo, artigo 157 do Código Penal Brasileiro.
O homem ao adentrar na Central de Polícia, afirmou que era foragido da penitenciária Apanhador, de Caxias do Sul/RS, e queria se entregar para terminar de cumprir a pena. “A crise está tão grande e feia que prefiro a cadeia do que a liberdade. Minha vida não está boa e pretendo terminar de pagar pelo meu crime e, depois, sair com a cabeça erguida”, revelou ele.
Ao delegado Jorge Giraldi, coordenador da Divisão de Investigação Criminal de Araranguá, ele contou que, em 2014, saiu da penitenciária Apanhador, onde cumpria pena em regime semiaberto, com saída de indulto e não retornou mais. Relatou ainda que, desde estão, estava morando em Araranguá onde tem familiares.
Condenado a sete anos e nove meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de roubo, o preso contou que cumpriu dois anos e 10 dias em regime fechado, sendo que, quando fugiu, para Araranguá, em 2014, estava no semiaberto. Ele ainda afirmou que aqui na cidade nunca foi pego, pois não fez nada de errado e procurou se esconder durante este período. Revelou ainda que fugiu de Caxias do Sul porque estava correndo risco de morte, sendo ameaçado devido a “broncas” de tomar Galerias no presídio. Nesse momento ele aguarda na cela da DIC a remoção pelos agentes do DEAP.
Com informações da Revista W3