Serão sete categorias, que premiarão aproximadamente 100 pessoas e representantes de instituições da região que trabalham em prol da igualdade racial.
O dia 13 de maio entrou para a história em 1888 com a assinatura da abolição da escravatura – Lei Áurea, pela princesa Isabel. Se, atualmente, em várias situações o negro ainda enfrenta muitas barreiras, há também muitos motivos para comemorar. Prova disso, será o evento Vitrinegra, realizado pela Associação Movimento AfroNegro Braçonortense – Amanb, em Braço do Norte.
Na ação, serão prestadas homenagens a várias pessoas e representantes de entidades que trabalham em favor da igualdade racial, dos direitos humanos e da diversidade, como prêmio: o troféu Resistência.
O evento foi intitulado Vitrinegra, 10 anos de existência, 10 anos de resistência. A ação iniciará às 20 horas, no Pesque e Pague do Borget. O Notisul é um dos homenageados da noite de hoje. “Essa é uma forma simples de agradecermos as pessoas que realizam esse trabalho. Com o prêmio, esperamos que as próximas gerações sejam espelhadas com essas iniciativas e continuem a realizá-las”, afirma o fundador da Amanb, Rafael Prudêncio.
Conforme o estudante Lucas da Silva, apesar de todas as lutas e resistência, o negro ainda apresenta o menor nível de escolaridade, trabalha mais e tem rendimento menor, em condições precárias e de informalidade.
“Aos poucos conseguimos romper as barreiras do preconceito e também da discriminação racial, além de ascender socialmente”, destaca Lucas ao site Notisul. Esta será a primeira edição da Vitrinegra, que deverá ocorrer anualmente.
História
A Lei Áurea foi o diploma legal que extinguiu a escravidão no Brasil. Foi precedida pela lei nº 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei nº 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe), de 1885, que regulava “a extinção gradual do elemento servil”.