O arrasto começou por volta das 10 horas deste sábado e foi finalizado às 13 horas
Muito diferente dos últimos anos, a safra da tainha tem sido arrasadora nesta temporada. Em apenas nove dias, mais de 60 toneladas foram capturadas, em sua maioria na Prainha do Farol de Santa Marta, em Laguna. O resultado deste ano é motivo de comemoração para os pescadores artesanais. Neste sábado, foram alcançadas 40 toneladas do peixe.
A presidente da União das Associações de Pescadores da Ilha – Uapi, Maria Aparecida dos Santos Ramos, a Cida, conta que todos os anos há uma expectativa de boa safra, mas desta vez ela foi superada. “Nos anos anteriores muitos dos pescadores colocavam as suas redes e não conseguiam nem um peixe sequer e nesta temporada a situação é contrária”, destaca.
Ela afirma que os resultados ocorreram porque antes todos os tipos de embarcações iniciavam a captura no primeiro dia de maio. Porém, no ano passado, em reunião entre os representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura e as Associações de pescadores artesanais, foi definida a mudança na prática da atividade. “Nestes primeiros 15 dias só está liberada para a pesca artesanal com rede de arrasto e canoa sem motor. A partir do próximo domingo será para embarcações motorizadas e do dia 30 em diante também para a pesca industrial”, explica a presidente.
Apesar da boa safra, o preço da tainha tem sido ‘salgado’ nos mercados de pesca na região. “No início, os valores estavam um pouco mais caros mesmo, mas a tendência é de redução. Os pescadores que realizam a atividade a motor falaram que conseguem visualizar um cardume significativo fora da encosta. Esse ano será de superação”, comemora Cida.
De acordo com o site Notisul, o defeso da tainha é o maior do país, comparado a outras espécies. São três meses de liberação e nove de restrição. As atividades iniciaram no último dia primeiro e seguem até o dia 31 de julho. Na região da Cidade Juliana cerca de três mil famílias sobrevivem exclusivamente deste trabalho.
Como ocorre a pesca
A captura ocorre quando os cardumes aproveitam as correntes de água fria provenientes da Antártida para subir o litoral Sul e Sudeste do Brasil. O maior mercado consumidor fica no eixo Rio-São Paulo. Empresas especializadas em pescados de Itajaí, Florianópolis e Laguna escoam o alimento.