Vini usa luvas e faz o porta-malas do carro do avô de caminhão em SC. 'Gente! O caminhão está vindo para eu pode ajudar', diz 'minigari'.
Os garis que recolhem o lixo em Palhoça, na Grande Florianópolis, encantam Luiz Vinícius de Souza. Aos 4 anos, o menino diz que quer ser como eles quando crescer. “Porque eles limpam a cidade. Vou ser gari”, afirma o garoto, que encanta a vizinhança ao recolher sacos e mais sacos de lixo imaginários.
Todos os dias ele brinca de recolher lixo pelas ruas quando está na casa da avó, no bairro Caminho Novo. Ali, o Vini, como é chamado na família, alimenta o sonho que começou quando ele tinha 2 anos.
O porta malas do carro do avô fica recheado de sacolas cheias de brinquedos. No faz-de-conta do Vini, são sacos de lixo que devem ser recolhidos.
“O porta-malas nos carro já tem que estar aberto quando ele chega. Ele vai se uniformizando, procura as luvas. ‘Oh, Vó. Hora do serviço, hora de trabalhar’. E aí começa o dia, não para mais”, conta a avó Ivone de Souza.
“Ele vê os rapazes e fica encantado, chama. Ele tem uma paixão que é dele. Foi ideia dele montar sacolinhas e sair catando o lixo, chamando os irmãos para brincar”, detalha Janete de Souza, mãe de Luiz. "E se não entrar na brincadeira, ele 'reina' e faz entrar, tem que brincar todo mundo junto”, acrescenta a avó.
O avô comprou as luvas utilizadas pelo neto. “Quando cheguei com a luva foi uma felicidade. A gente não incentivou nada. Ele viu passar o caminhão, na hora olhou e se agradou aí já começou no dia seguinte brincando com o lixo e tudo mais e daí para frente foi espontâneo”, conta o avô, Luiz de Souza.
O sonho dele chega perto da realidade quando ele fica prontinho esperando o caminhão do lixo passar. “Que demora, eles nunca demoram assim”, diz o menino durante a espera. Até que o caminhão chega com seus amigos garis. “Gente! O caminhão está vindo para eu pode ajudar”, diz o pequeno.
Nessa hora, a brincadeira dá espaço para a realidade. Vini cumprimenta os garis e entrega os sacos de lixo que recolheu na casa da avó. “Ele é o minigari da família, não tem jeito", diz a avó.
Com informações do site G1 SC
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