Ontem, pescadores artesanais iniciaram a corrida ao peixe mais abundante no mar, lagoas e rios da região. A pesca artesanal com rede anilhada inicia em 15 de maio. No dia 31 de julho será dada a largada à pesca industrial.
Um das safras mais aguardadas na região é a da tainha. O pescado traz, além de renda a muitas famílias catarinenses, milhares de turistas durante praticamente todo a temporada de outono/inverno. Ontem, a corrida já começou com os pescadores artesanais com rede de arrasto. Somente na Prainha do Farol de Santa Marta, em Laguna, quase uma tonelada foi capturada.
A Cidade Juliana tem um atrativo à parte no país, os botos auxiliam a atividade nos Molhes da Barra, o que resulta em curiosidade turística. O clima frio e o vento sul dão consistência ao cenário.
A pesca artesanal é feita de canoas a remos sem motor, sem qualquer tipo de aparelho eletrônico, apenas força manual. Por este motivo e para que nada possa atrapalhar a atividade na Prainha do Farol, a prática de surfe neste local será reduzida ou proibida até o próximo dia 31 de julho.
Depois de Laguna, que é o município que detém a maior atividade pesqueira do sul do estado, Passo de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul, respira pesca. O presidente da Colônia local, Adriano Delfino Joaquim, destaca que o defeso é importante para proteger a evolução da espécie. Hoje, cerca de 700 famílias de Passo vivem exclusivamente deste trabalho. Na Terra de Anita Garibaldi este número pula para quase três mil. Conforme o site Notisul, o defeso da tainha é o maior do país, comparado a outras espécies. São três meses de liberação e nove de restrição.
A ação é realizada ao longo do litoral de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, e prossegue até o dia 31 de julho, quando reinicia o defeso. A captura ocorre quando os cardumes aproveitam as correntes de água fria provenientes da Antártida para subir o litoral Sul e Sudeste do Brasil, onde se reproduzem e desovam, até a altura de Cabo Frio, no estado fluminense.
O maior mercado consumidor fica no eixo Rio-São Paulo. Empresas especializadas em pescados de Itajaí, Florianópolis e Laguna escoam o alimento.